Rio Taquari recebe águas torrenciais em novembro de 2009



Rio Taquari recebe águas torrenciais em novembro de 2009

Os ambientalistas da Aepan-ONG fizeram trabalho de monitoramento do Rio Taquari, dia 30 de novembro de 2009, tendo como local a escadaria do antigo Porto de Estrela localizado atrás do complexo da AMBEV. O tempo ensolarado às 11:30 horas; vento fraco; temperatura de 27ºC com 82% de Umidade Relativa do Ar. Temperatura do solo de 25ºC.


A água inodora, porém continua turva, marrom com aspecto barrenta e com muito material sólido em suspensão e 30 cm de transparência. Matéria Orgânica: 4,5 mg/L. A causa da turbidez é creditada as chuvas torrenciais que caíram durante todo mês de novembro na bacia Taquari-Antas.


Outras medições:
Temperatura da água: 23,0 ºC;
pH: 7,2;
Oxigênio Dissolvido: 8,5 mg/L;
Água inodora, sem óleo na superfície e ausência de espuma na lamina da água. Presença de peixes na água e pássaros na mata ciliar.

Conforme monitoramento da Aepan-ONG a temperatura máxima em Estrela no mês de novembro/2009 foi de 38,5ºC e mínima de 19,5ºC. A precipitação pluviométrica foi de 363 mm.

Foram encontrados diversos pés de sarandi na margem do Rio Taquari. Arbusto de 2 a 3 metros de altura que cresce às margens do rio. Pertence ao grupo das plantas chamadas “reófitas”, pois resistem à correnteza do rio em épocas de enchentes. Floresce e frutifica do final do inverno ao final de verão.

Avistados na mata ciliar dois ouriços com aproximadamente 50 centímetros de coloração cinza-amarelada, com os corpos recobertos por espinhos e pelos longos na região dorsal, sendo que na região ventral não havia espinhos. As caudas dos animais em sua porção terminais estavam desprovidas de espinhos.


Equipe de trabalho: Pedro Adolfo Schmidt, Jorge Scherer e Airton Engster dos Santos.


Águas turvas do Rio Taquari marcaram o mês de outubro de 2009:



Águas turvas do Rio Taquari marcaram o mês de outubro de 2009:

Os ambientalistas da Aepan-ONG fizeram trabalho de monitoramento do Rio Taquari, dia 30 de outubro de 2009. O tempo ensolarado às 09:30 horas; vento fraco; temperatura de 28ºC com 68% de Umidade Relativa do Ar. Temperatura do solo de 26ºC.

A água por sua vez esta mais turva, marrom com aspecto barrenta e com material sólido em suspensão. 50 cm de transparência. Matéria Orgânica: 4,0 mg/L.


Outras medições:
Transparência da água: 50 cm;
Temperatura da água: 23,5 ºC;
PH: 7,0;
Oxigênio Dissolvido: 9,0 mg/L;
Água inodora, sem óleo na superfície e ausência de espuma na lamina da água. Presença de peixes na água e pássaros na mata ciliar.


Conforme monitoramento da Aepan-ONG a temperatura máxima em Estrela no mês de outubro/2009 foi de 37,5ºC e mínima de 10,3ºC. A precipitação pluviométrica foi de 120 mm.

Outro dado interessante foi as amoreiras preta a beira do Rio Taquari que frutificou no mês de outubro. Os frutos muito saborosos, vermelhos quando imaturos e, à medida que amadurecem, vão se tornando escuros, negros, uma festa para os pássaros.

Equipe de trabalho: Pedro Adolfo Schmidt, Jorge Scherer e Airton Engster dos Santos.

Barrancas do Rio Taquari prejudicadas após enchentes


Barrancas do Rio Taquari prejudicadas após enchentes:


Os ambientalistas da Aepan-ONG fizeram trabalho de monitoramento do Rio Taquari no sábado, dia 03 de outubro de 2009.


As barrancas encontram-se bastante prejudicadas após sucessivas cheias que assolaram a região nos meses de agosto e setembro.


Um verdadeiro arrastão de águas derrubou arvores, vegetações menores e deixou uma enormidade de lixo pendurado na mata ciliar.


A água por sua vez esta mais turva, marrom com aspecto barrenta e com muito material coloidal em suspensão.


A cota estava com 13,6 metros, um pouco acima do nível normal.


Outras medições:

Transparência da água: 44 cm;

Temperatura da água: 18,5 ºC;

PH: 6,8;

Oxigênio Dissolvido: 9,2 mg/L;

Água inodora, sem óleo na superfície e ausência de espuma na lamina da água.


O tempo ensolarado; vento fraco; temperatura de 24ºC com 78% de Umidade Relativa do Ar. Temperatura do solo de 27ºC.


Conforme monitoramento da Aepan-ONG a temperatura máxima em Estrela no mês de setembro foi de 28,5ºC e mínima de 9,0ºC.


Equipe de trabalho: Pedro Adolfo Schmidt, Jorge Scherer e Airton Engster dos Santos.


Terceira Enchente do Rio Taquari em 2009






Mais uma cheia atinge a região em 2009

Mais uma cheia atinge a região do Vale do Taquari no mês de setembro, chegando em 21,65 metros em seu pico máximo, conforme medida da régua do Porto de Estrela.

Com a repetição do fenômeno é a terceira enchente do Rio Taquari no ano de 2009 (uma em agosto e duas em setembro). Situação só verificada há 27 anos atrás, quando em 1982 houve três cheias nos meses: de junho com 24,96 metros; de outubro com 22,70 metros e novembro com 21,20 metros daquele ano.

Conforme monitoramento da Aepan-ONG a precipitação pluviométrica em Estrela-RS, chega a 410 milímetros no mês de setembro de 2009, sendo a maior quantidade de chuva em único mês, pelo menos nos últimos dez anos. Antes disso a maior precipitação foi verificada em outubro de 2008 com 314 milímetros.

Diversas famílias ficaram flageladas no Vale do Taquari e o Vale do Rio Pardo foi atingido por um temporal de granizo que danificou residências e lavouras de fumo, trazendo danos econômicos e sociais na região.

Para os ambientalistas da Aepan-ONG o agravamento da situação dos fenômenos climáticos como chuvas e enchentes está ligado especialmente ao aquecimento global e com relação as cheias do Rio Taquari, o desmatamento das margens dos recursos hídricos, trazem enorme contribuição, para que as águas cheguem cada vez mais rápido ao leito principal do Rio, causando inundações com prejuízos para população em geral.

Texto: Airton Engster dos Santos
Imagem: Jorge Scherer
Gráficos: Aepan-ONG

Enchente Rio Taquari Setembro de 2009







Enchente no Rio Taquari desaloja centenas no Vale - Setembro - 2009:

Após uma precipitação de 231 milímetros de chuva nos dez primeiros dias do mês de setembro de 2009, 85 mm nos últimos três dias (de 8 a 10), chuva distribuída por toda bacia, causou uma cheia no Rio Taquari que desalojou em torno de 350 famílias, com mais de mil pessoas flageladas.

No município de Estrela foram 65 famílias que tiveram que abandonar suas residências que foram tomadas pelas águas.

Desde as primeiras horas do sábado, dia 12, as prefeituras conjuntamente com a defesa civil de cada município estavam alerta e mobilizadas para dar socorro às vitimas da cheia. As pessoas foram levadas para ginásios e outros locais seguros onde receberam todo atendimento necessário.

Em Santa Tereza local em que o Rio Taquari-Antas recebe o Rio Carreiro, seu afluente no lado direito, as águas estabilizaram em seu ritmo de subida às 16 horas de sábado.

No município de Encantado onde foram desalojadas 100 famílias as águas estabilizaram às 21 horas de sábado. Em Estrela a estabilização chegou às 04:00 horas da madrugada de domingo quando atingiu a quota de 24,5 metros, medida na régua do Porto de Estrela.

A Aepan-ONG participou da cobertura especial realizada pela Rádio Alto Taquari de Estrela que ao longo de todo o dia e até a madrugada levou de forma constante informações e orientações para população ribeirinha, numa verdadeira cobertura de solidariedade.

As previsões sobre quota final da enchente feitas pelos profissionais da Rádio Alto Taquari e voluntários da Aepan-ONG confirmaram-se de forma precisa, quando as águas atingiram 11,5 metros acima de seu nível.

Texto: Airton Engster dos Santos

Rio Taquari - Agosto de 2009



Rio Taquari com boas condições ambientais em Agosto/2009



Na terça-feira dia 31 de agosto de 2009, voluntários da Aepan-ONG realizaram levantamento das condições ambientais do Rio Taquari.

Ás 09:30 horas, momento em que se efetivou as atividades de observação e medidas o sol brilhava intensamente, sem nuvens e com céu azul, sopravam ventos entre 20 a 30 km por hora. A umidade do ar de 70% e temperatura atmosférica de 25 °C.

Observou-se a presença de diversas espécies de pássaros e abelhas na mata ciliar. Também muito lixo jogado na margem do rio, especialmente plástico e ferro. A temperatura do solo com 20 °C.

A transparência da água com 80 centímetros de profundidade medida com disco de Secchi. A água inodora esverdeada e com aspecto límpido com 19 °C de temperatura. Também não foi visto óleo nem espumas na lâmina da água. Presença de cardumes de peixes.

Oxigênio Dissolvido com ótima concentração (11,4 mg/L) e pH de 7,6. Outras análises químicas normais.

No Porto de Estrela a cota 13 metros. Cabe lembrar que no mês de agosto houve uma pequena cheia no Rio Taquari com 21,5 metros ou 8,5 metros acima do nível normal.

Após apuração e estudos dos resultados obtidos pode-se afirmar que as condições ambientais das águas do Rio Taquari são boas.

Participaram dos trabalhos: Jorge Scherer, Airton Engster dos Santos.



Pequena, mas preocupante enchente no Rio Taquari - Agosto de 2009





Pequena, mas preocupante enchente no Rio Taquari

Com precipitação pluviométrica em Estrela-RS de 174 milímetros nos últimos quatro dias (08, 09, 10, e 11), somando até o momento 200 milímetros de chuva em agosto de 2009, houve uma pequena cheia (21,5 metros), ou 8,5 metros acima do nível normal do Rio Taquari que é de 13 metros no Porto de Estrela.

É sempre importante lembrar que a Bacia Taquari-Antas é composta por 10 rios e 70 arroios e que as enchentes dependem de como se dá a precipitação em toda essa área, pois os recursos hídricos despejam suas águas no leito principal do Rio Taquari.

O nível do Rio começou a estabilizar às 13 horas do dia 11 de agosto de 2009.

Mas a presente cheia foi suficiente para desalojar 42 famílias em Estrela e Lajeado com 270 pessoas flageladas. Além do problema com as famílias que moram em regiões mais baixas ou alagadiças, a quantidade de lixo que apareceu com a enchente é simplesmente assustadora.

Segundo relatórios da Aepan-ONG, de janeiro até o dia 11 de agosto de 2009, choveu 1.067,5 milímetros em Estrela. A maior temperatura em agosto foi de 24 °C e a menor foi de 10,5 °C.

Airton Engster dos Santos
Medidas e imagens: Aepan-ONG

Rio Taquari - Águas mais frias no mês de julho de 2009








Águas mais frias no Rio Taquari no mês de julho


Com águas mais frias 12 °C, o Rio Taquari apresenta-se com cor esverdeada e aspecto límpido no mês de julho. Água inodora e transparência com 80 centímetros. Oxigênio dissolvido com ótima concentração de 14,2 mg/litro. Potencial de hidrogênio normal (pH): 7,2.


Também não foram constatadas as presenças de óleo, espuma ou lixo dentro do recurso hídrico. Vistos cardume de peixes.


Não foi encontrado lixo nas barrancas do Rio. A temperatura do solo de 9,5 °C. Presença de variedades de pássaros na vegetação e mata ciliar.


O levantamento e medições foram realizados no dia 30 de julho, às 08:15 horas da manhã, momento em que o sol apresentava-se entre nuvens. A temperatura atmosférica de 5°C. Vento fraco e umidade relativa do ar de 70%.


Um fenômeno interessante podia-se observar na superfície da água com um verdadeiro vapor que se levantava com os primeiros raios de sol que surgia num legítimo dia frio do inverno do Rio Grande do Sul.


Informações adicionais:


A maior temperatura atmosférica observada em Estrela no mês de julho foi de 22 °C e a menor de 1,5 °C.


A precipitação atmosférica (chuvas) foi de 140,5 milímetros.


Texto e fotos: Alex Eurico Santiago


Navegação no Rio Taquari


Navegação no Rio Taquari


A Navegação Arnt, companhia da qual foi fundador Jacob Arnt, prestou relevantes serviços no transporte de cargas e passageiros pelo Rio Taquari e aos produtores coloniais.


Principiou as atividades de navegação em 1875, com o vapor, já velho, Taquary, anteriormente chamado Flecha.


Inúmeras dificuldades foram enfrentadas, mas com o vapor Taquary Jacob Arnt conseguiu organizar uma sociedade com 11 membros com o capital de 14:000$.


Em 1878 era elevado seu capital a 40:000$00 e mandou vir da Alemanha o vapor Teutônia 1.


Até então, a navegação limitava-se a viagens de Porto Alegre a Taquari e vice-versa, e dessa época em diante estendeu-se até Estrela, Lajeado, trabalhando já com outros equipamentos como: lanchas, chatas e outras embarcações pequenas, de pouco calado para enfrentar a baixa do Rio em tempo de estiagem.


Em 1885 comprou o vapor Teutônia 2 e organizou uma nova sociedade com o nome de Teutônia.


Mais tarde vendeu a empresa de navegação para Companhia Fluvial por 80:000$000, da qual era gerente Frederico Haensel.


Quando do falecimento de Haensel, foi eleito gerente Carlos Muller, que não conseguiu manter a companhia que interrompeu a navegação da linha de Taquari.


Então, Jacob Arnt arrecadou três vapores: Taquary, Gaúcho e Bismarck e algumas lanchas por 1.000$000 mensais e, de novo, começou a trabalhar na navegação do Rio Taquari.


Por dez anos trabalhou com arrendamento de vapores, ao custo final de 200:000$000.


Resolveu Ele então em 1905, encomendar da Europa o vapor Brasil.


Com o desenvolvimento da Colônia Teutônia e maior expansão comercial pelo Rio Taquari Jacob Arnt criou agências em diversos portos do Rio Taquari, adquirindo novos vapores e ampliando os serviços de transporte rápido de passageiros e cargas.


Em 1914 Jacob Arnt juntamente com Frederico Arnt, Christiano Fleck, Dr. Francisco de Paula Dias de Castro, Júlio Frederico Born, Leopoldo Jacob Arnt, Alberto Ruschel, Augusto Fett, Adalberto Guilherme Arnt, Arthur Schmitt, e Octacílio Arnt, constituíram a Companhia de Navegação Arnt com capital de 530:000$000.


A Companhia possuía as seguintes embarcações: Vapores: Brasil, Taquary, Boa Vista, Rio Grande do Sul, Venâncio Ayres, Teutônia e Taquara. Gasolinas: Santarém, Erna, Rio Branco, Aurora, Concórdia, Amazonas, General Osório, Pelotas e Filhote. Chatas: Bismarck, Estrella, Triumpho, São Jeronymo, Carlos, Rio dos Sinos, Alliança e Palmas. Lanchas: Bismark, Minerva e Alcina. Botes: Annita, Saldanha da Gama, Brasil, Favorita e mais dezessete botes e canoas auxiliares em tempos de estiagem.


Possuía agências nos seguintes portos no RS e Rio Taquari: Porto Alegre, Pinheiros, Triunfo, Margem, Volta do Barreto, Taquari, Porto Gomes, Porto Mariante, Bom Retiro, Cachoeira Comprida, Porto Wendt, Santarém, São Gabriel, Arroio do Meio, Estrela, Lajeado, Corvo, Encantado, General Osório.


Além dessas agências, os vapores atracavam em diversos portos intermediários para atender as exigências dos serviços de cargas e passageiros.


Em períodos de seca quando o nível do Rio Taquari estava baixo eram contratadas outras embarcações. Em tempos de enchentes as embarcações eram amarradas e feitos reparos naquelas que sofriam avarias.


Haviam os vapores expressos, saindo diariamente de Porto Alegre até Estrela e Lajeado e outro saindo destes dois municípios para Porto Alegre.


Além destes tinham os vapores expressos noturnos de verão.


Conduziam estes vapores cargas, passageiros, encomendas, valores, malas postais, e correspondência avulsa para todos os portos da linha.


Pelo serviço postal a companhia de navegação não recebia remuneração.


Em suas embarcações eram transportadas todo tipo de mercadoria de Porto Alegre para o Vale do Taquari, e deste para Porto Alegre: banha, feijão, milho, batata, erva-mate, fumo, carne, manteigas, aves, ovos, cereais, ficando em média 800 mil volumes anualmente, com 48 mil toneladas, variando o preço do transporte conforme os portos entre 4.000 e 20$000 por tonelada.


O movimento de passageiros ficava em média 30 mil pessoas por ano. O preço da passagem ficava entre $500 e 10$000.


Eram fornecidas passagens de ida e volta, com abatimento no preço em cupons de 10 passagens. Ótimo serviço de copa e cozinha a bordo.

No início do século XX (1920-1930) A Companhia Arnt possuía 350 empregados.


Tratava-se de uma das mais importantes empresas do Rio Grande do Sul naquela época.


Obs. Em Estrela existiam quatro maxambomba, uma das quais pertencentes a Navegação Arnt.


Maxambomba funcionava nas barrancas do Rio Taquari carregando e descarregando mercadorias dos vapores e gasolinas. Na verdade era uma engenhoca muito útil para transpor as altas barrancas do Rio.


Pesquisa: Airton Engster dos Santos.

Fonte: Livro – O Rio Grande do Sul – Volume I – Edição:1922-

Rio Taquari - Junho de 2009



Condições do Rio Taquari em Junho/2009

Águas do Rio Taquari com boas condições ambientais em junho de 2009 .

No dia do monitoramento (13/06) o tempo era ensolarado, com temperatura do ar de 19,5 °C às 15 horas. Soprava um vento leve de montante a jusante sem nuvens. Umidade Relativa do ar com 56%. A transparência da água com 140 cm, cor esverdeada e aspecto transparente. Não foi verificado espuma na superfície da água. Foi constatado uma mancha de óleo de 30 m² sobre a água. Temperatura da água com 16°C.

O Potencial de Hidrogênio (pH) 6,8, portanto neutro e ideal. Água inodora. Foi constatada a presença de peixes na água. Verificado lixo nas barrancas, especialmente plástico e isopor. Oxigênio Dissolvido dentro da margem, de segurança. Foram vistos libélulas e borboletas na vegetação.

Os trabalhos foram coordenados por voluntários da Aepan-ONG.


Na Semana do Meio Ambiente 2009 - Águas do Arroio Estrela em condições Ambientais aceitáveis





Águas do Arroio Estrela em condições Ambientais aceitáveis

Mês de Maio de 2009 - segundo análises realizadas no dia 23 – Condição ambiental das águas do Arroio Estrela são consideradas aceitáveis. Transparência de 70 cm com boa disponibilidade de oxigênio dissolvido que garante tranqüilidade para organismos aquáticos. Ainda com índice importante de matéria orgânica, isento de espuma ou óleo. Água inodora, marrom de aspecto barrenta. Precipitação pluviométrica no mês (88 mm). Temperatura da água de 21,0 ºC e do Ar 23 ºC. Umidade Relativa do Ar 75% no momento do monitoramento e análises. Verificado a presença de peixes nas águas, pássaros e borboletas na mata ciliar. Cota do Rio no Porto de Estrela 13 metros ao nível do mar.

Foram encontradas algumas pessoas pescando na margem do Arroio Estrela.

Cabe salientar que no Mês de abril o Arroio passou pelo processo de eutrofização em função da estiagem, altos níveis de fósforo e nitrogênio oriundos de poluição orgânica de esgotos domésticos. A recuperação se deu graças às chuvas de maio e diminuição da temperatura do ar e da água.

Fotos: Lylian Cândido

Voluntários: Airton Engster dos Santos, Jorge Scherer e Marco Dinis Kafer.

Rio Taquari, Arroio Estrela e Arroio Boa Vista





Rio Taquari, Arroio Boa Vista e Arroio Estrela Abril-2009:

Apesar de alguns focos de proliferação de algas no Rio Taquari (Eutrofização), as condições ambientais das águas ainda são aceitáveis para vida aquática.

O processo conhecido cientificamente como Eutrofização acontece em virtude da pouca vazão do Rio em razão da baixa precipitação pluviométrica (chuva) de apenas 15 mm no mês de abril.

A situação se agrava ainda pela alta luminosidade do sol e temperatura da água (hoje com 23 °C).

Quanto mais alta a temperatura da água maior será a ploriferação das algas.

A proliferação de algas pode agravar-se caso continue a falta de chuva e calor, pois a concentração de nutrientes, especialmente fósforo e nitrogênio, provenientes de esgotos domésticos e de esterqueiras, podem concentrar de maneiras tal a dar condições propícias ao recrudescimento do fenômeno.

Cabe salientar, sempre que acontece o fenômeno de ploriferação de algas diminui o oxigênio dissolvido na água, o que pode causar dificuldades para vida aquática – até a morte de peixes dependendo de sua baixa concentração (O²).

O Arroio Estrela e Arroio Boa Vista estão bem mais comprometidos em função da alta carga orgânica que recebem ao longo de seu curso dágua.

Voluntários: Jorge Scherer e Airton Engster dos Santos

Entenda o Fenômeno que atinge o Rio Taquari, Arroios Estrela e Boa Vista - Eutrofização:




Entenda o Fenômeno Verde que atinge o Rio Taquari e Arroios Estrela e Boa Vista:

Nos gráficos que estão sendo divulgados pela Aepan-ONG nota-se em primeiro lugar uma diminuição gradual das chuvas de janeiro até abril de 2009, sendo que neste último mês a precipitação atingiu apenas 15 mm em Estrela-RS.

Como a precipitação diminuiu, também a vazão do Rio Taquari e seus afluentes baixaram ficando a água represada em função da barragem de Bom Retiro do Sul.

Apesar da temperatura da água ter baixado de 26 °C em março para 23 °C em abril, somando-se a alta luminosidade do sol, continua interferindo diretamente no fenômeno de eutrofização dos mananciais hídricos. Isso porque a carga orgânica de esgotos e outras fontes como de resíduos animais garante grande concentração de nitrogênio e fósforo, nutrientes que causam a proliferação de algas.

Principais Poluentes e seus Efeitos na Eutrofização:

- Nutrientes são os compostos utilizados no processo de crescimento das plantas aquáticas;

– Os nutrientes que despertam maior interesse são o nitrogênio e, principalmente, o fósforo;

– No meio aquático eles conduzem à proliferação das plantas aquáticas (eutrofização);

– A eutrofização pode comprometer o uso da água para consumo, recreação, pesca, etc.;

– Com o aumento da biomassa no sistema aquático pode ocorrer a redução da concentração de oxigênio dissolvido representando um risco para vida aquática (peixes, por exemplo).

Texto: Airton Engster dos Santos

Fonte de dados: Aepan-ONG

Rio Taquari na chegada do outono





Rio Taquari com águas transparentes


No sábado dia 21 de março de 2009, voluntários da Aepan-ONG realizaram levantamento das condições ambientais do Rio Taquari.

Ás 09 horas, momento em que se efetivou as atividades de observação e medidas o sol brilhava intensamente, sem nuvens e com céu azul, soprava uma brisa suave com ventos entre 12 a 19 km por hora. A umidade do ar de 66% e temperatura atmosférica de 26 °C.

Observou-se a presença de diversas espécies de pássaros na mata ciliar. Também muito lixo jogado na margem do rio. A temperatura do solo com 23 °C. A jusante 200 metros do Porto de Estrela, desbarrancamento recente numa extensão de 150 metros.

A transparência da água com 95 centímetros de profundidade medida com disco de Secchi. A água inodora esverdeada e com aspecto límpido com 26 °C de temperatura. Sem nenhuma proliferação de algas. Também não foi visto óleo nem espumas na lâmina da água. Presença de cardumes de peixes.

Oxigênio Dissolvido com ótima concentração e pH de 6,8. Outras análises químicas normais.

No Porto de Estrela realizavam-se trabalhos de descarga de dois barcos de arreia.

Após apuração e estudos dos resultados obtidos pode-se afirmar que as condições ambientais das águas do Rio Taquari são boas.

O que causa preocupações são o lixo e o desbarrancamento com o conseqüente assoreamento do Rio.

Participaram dos trabalhos: Jorge Scherer, Airton Engster dos Santos e Marco Kaffer.


Dia Mundial da água - 22 de março:

Nosso planeta tem cerca de dois terços só de água. Pela lógica, parece haver água sobrando para a população, não é? Parece um absurdo falar em crise da água?

Vamos aos fatos: 97% da água do planeta são água do mar, imprópria para ser bebida ou aproveitada em processos industriais; 1,75% é gelo; 1,24% está em rios subterrâneos, escondidos no interior do planeta. Para o consumo de mais de seis bilhões de pessoas está disponível apenas 0,007% do total de água da Terra.

Some-se a isto o despejo de lixo e esgoto sanitário nos rios, ou ainda as indústrias que jogam água quente nos rios - o que é fatal para os peixes. A pouca água que existe fica ainda mais comprometida. Isto exige a construção de estações de tratamento de esgoto e dessalinização, por exemplo. E exige conscientização para que se evite o desperdício e a poluição, principalmente nas grandes cidades.

Com o objetivo de chamar a atenção para a questão da escassez da água e, conseqüentemente, buscar soluções para o problema, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu em 1992 o Dia Mundial da Água: 22 de março.

Por conta disso, a ONU também elaborou um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água", que trata desse líquido como a seiva do nosso planeta.


Airton Engster dos Santos - Aepan-ONG

Rio Taquari, Arroio Estrela e Arroio Boa Vista

Poluição das Águas – Bacia Taquari-Antas

Arroios Estrela e Boa Vista – Rio Taquari - Bacia Taquari-Antas-RS.

Trabalho encomendado pela Prefeitura de Estrela-RS – 1990/1992.

Realização: UNISC – Santa Cruz do Sul-RS

Pesquisa e texto: Airton Engster dos Santos

Fonte: Documento Acervo Aepan-ONG

Com referencia a poluição das águas, principal fonte são os despejos líquidos e sólidos provenientes de conglomerações humanas e de regiões industrializadas, sendo que, de acordo com a composição destes, podem-se diferenciar três tipos: Domésticos, que incluí uma mistura de substancias orgânicas com poucos nutrientes inorgânicos, como é o caso dos detergentes, sabão etc; De fábricas de gêneros alimentícios; e efluentes industriais, cuja composição caracteriza-se, principalmente, pela presença de compostos inorgânicos.

A subdivisão, de acordo com as fontes de poluição, não permite, automaticamente, uma diferenciação dos efeitos dessas sobre os sistemas poluídos, apenas na classificação da qualidade da água tal subdivisão adquiri valor.

Ainda os sistemas de águas correntes, como é o caso dos rios e arroios, representam de um modo geral, o principal de descarga de esgotos.

Entretanto, os rios apresentam capacidade de recuperação das condições anteriores à poluição, fenômeno chamado autopurificação, cuja eficiência depende da distancia da fonte poluidora e do tempo de permanência desses despejos no rio.

Dentre as variáveis físicas e químicas na avaliação da qualidade da água, o pH é um importante parâmetro. A temperatura da água, por sua vez, também é um parâmetro de grande importância devido ao seu efeito na vida aquática. A demanda bioquímica de oxigênio após cinco dias, definida como quantidade de oxigênio necessária para que os microorganismos aeróbicos mineralizem a matéria orgânica combinada. tem grande utilidade na determinação do grau de poluição de cursos de água.

Em função da DBO-5, algumas classificações têm sido propostas para avaliar as condições ambientais dos recursos hídricos. Sólidos orgânicos descartáveis podem criar depósitos de lodos que se decompõem, criando regiões de alta demanda de oxigênio e intensificação de odores.

O fato de, em ambientes aquáticos, traços de metais serem absorvidos por organismos através das cadeias alimentares é ecologicamente muito importante, pois estes podem ser utilizados para uma melhor avaliação da contaminação por metais pesados em ecossistema aquático.

De modo geral, os corpos de água doce podem ser classificados em sistemas oligotróficos, mesotróficos e eutróficos, entendendo por eufrotizaçao o aumento da concentração de nutrientes nos ecossistemas aquáticos, principalmente fósforo e nitrogênio que tem como conseqüência o aumento de suas produtividades.

Neste sentido, nas águas dos arroios Estrela e Boa Vista, localizados no município de Estrela-RS foi observado que durante alguns períodos do ano em que a precipitação pluviométrica é pouca aliada com a temperatura alta e luminosidade acentuada acontece uma ploriferaçao de algas unicelulares pertencentes à classe clorofíceas (algas verdes).

Estas florações, resultado da flutuação irregular da produtividade desses sistemas, constitui-se num grande motivo de preocupação para toda comunidade, ao pensar que as águas desses arroios poderiam estar num processo adiantado de eufrotizaçao.

Esta preocupação, somada ao fato desses arroios percorrerem uma região com grande densidade demográfica e receberem ao longo de seu percurso uma forte carga de materiais poluentes, tanto sólidos como líquidos faz com que a comunidade fique em alerta com relação às condições ambientais dos mesmos.

Procurando dar uma resposta segura para comunidade é que a Aepan-ONG vem ao longo do tempo monitorando esses recursos hídricos e também acompanha outros estudos e pesquisas que são realizados por outras instituições das variáveis físicas e químicas dos arroios Estrela e Boa Vista.

TRABALHO REALIZADO:

A partir de maio de 1991, amostras de águas superficiais foram coletadas, mensalmente, em doze pontos de amostragens distribuídos ao longo dos arroios Estrela e Boa Vista, desde sua entrada, no município de Estrela até a desembocadura, no Rio Taquari, como também a montante e à jusante da confluência destes com o Rio Taquari para determinação de variáveis físicas e químicas importantes como parâmetros de avaliação ambiental.

Ao todo, doze variáveis foram estudadas: temperatura da água, pH, condutividade, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, nitratos, nitritos, fosfatos, silicatos, quantidade de sólidos totais, vazão, nível da água, e cromo no Arroio Boa Vista.

A temperatura dágua, o pH e a condutividade elétrica foram medidas no campo, e em seguida a amostra foi acondicionada, parte em frascos apropriados onde o oxigênio dissolvido foi fixado, e parte em frascos de polietileno com capacidade para 1000 ml. As amostras foram imediatamente remetidas ao laboratório de Análises de Água das Faculdades Integradas de Santa Cruz do Sul, em caixa de isopor contendo gelo.

Para melhorar a compreensão dos arroios foi elaborados o perfil longitudinal do Arroio Estrela e Arroio Boa Vista.

RESULTADOS:

No período de maio de 1991 a abril de 1992 foram efetuadas, mensalmente, em diferentes pontos de coleta, no município de Estrela-RS, seis amostragens de superfície no arroio Estrela, três no arroio Boa Vista e três no Rio Taquari.

A periodicidade da amostragem possibilitou três coletas por época do ano, a saber, outono inverno e primavera de 1991 e verão de 1991/1992.

Foi trabalhado com valores médios de cada variável, em cada época do ano, pois houve uma variação sazonal.

Os dados pluviométricos foram fornecidos pelo Instituto de Pesquisas Agronômicas.

No Arroio Estrela observou-se que fosfatos, temperatura, pH, sólidos totais, condutividade e demanda bioquímica de oxigênio após cinco dias ficou no plano positivo. Nitritos, nitratos e oxigênio dissolvido no plano negativo.

No Arroio Boa Vista, no plano positivo contribuíram fosfatos, demanda bioquímica de oxigênio, sólidos totais e pH e no plano negativo nitratos. Com relação ao cromo observou-se a presença do metal no Arroio Boa Vista superiores aos limites de segurança.

No Rio Taquari contribuiu no plano positivo: condutividade, temperatura, demanda bioquímica de oxigênio, pH, oxigênio dissolvido e nitratos, nitritos e fosfatos no plano negativo.

CONCLUSAO:

Fosfatos em todos os períodos do ano – 1991-1992 - e nos três sistemas acima daqueles recomendados como limites para águas livres de poluição e contaminação. O fósforo foi considerado como principal responsável pelo processo de eufrotizaçao dos sistemas arroios e rio.

Para demanda bioquímica de oxigênio foi considerado que nos três sistemas índices acima dos níveis recomendáveis. Os três sistemas apresentaram poluição orgânica.

Foi sugerida a implantação de estações de tratamento de esgotos domésticos e industriais, principalmente para casos de efluentes que possam causar sensíveis alterações da qualidade dágua de superfície e subterrânea.

Nota: Este foi o primeiro trabalho sério que procurou diagnosticar as condições ambientais e propor medidas mitigadoras para o Rio Taquari, Arroio Estrela e Arroio Boa Vista. Importante salientar que a realização do trabalho foi uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Estrela que custeou o projeto.

Airton Engster dos Santos – Aepan-ONG



Algas em rios e lagos

ALGAS – Importância e Crescimento

Os fitoplâncton são algas [principalmente dos grupos Pyrrophyta (dinoflagelados) e Chrysophyta (diatomáceas)], cuja presença e concentração nos lagos, rios e arroios está fortemente associada ao estado trófico do manancial.

As algas (plantas inferiores que não apresentam organização complexa do corpo e que produzem a fotossíntese) são importantes para o ecossistema lacustre porque:

Convertem material inorgânico em orgânico (através da fotossíntese)

Oxigenam a água (ainda através da fotossíntese)

Servem como base essencial para a cadeia alimentar

Afetam a quantidade de luz solar que penetra na coluna d´água

Como muitas plantas superiores, as algas precisam de luz, de suprimento de nutrientes inorgânicos e de faixas específicas de temperatura para crescerem e se reproduzirem. Dentre esses fatores, o suprimento de nutrientes (especialmente o Fósforo) é um dos principais, pois é ele que ditará a evolução do seu crescimento.

Fatores que afetam o crescimento das algas

Há uma série de fatores ambientais que influem no crescimento das algas nos lagos e reserevatórios. Os principais são os seguintes:

A quantidade de luz solar que penetra na água (afetada pela intensidade dos raios solares; pela quantidade de material em suspensão; e pela cor da água);

A disponibilidade de nutrientes para o crescimento das algas (determinado tanto pela fonte como pelos mecanismos de remoção);

A temperatura da água (regulada pelo clima, altitude, lançamento de efluentes, etc.);

A remoção física das algas (pelo seu afundamento ou saída através de um vertedor);

O pastoreio da população algal (por peixes, animais microscópicos e outros organismos (zooplâncton));

O parasitismo por bactérias, fungos e outros microrganismos; e

A competição de outras plantas aquáticas por alimento e luz.

É a combinação destes e de outros fatores ambientais que determinam o tipo e a quantidade de algas encontradas em um lago. É importante observar, contudo, que esses fatores estão sempre num estado de fluxo. Isso porque a multiplicidade de eventos, inclusive a mudança das Estações, o uso dos terrenos da bacia e as enxurradas que, constantemente, criam "novos ambientes" no lago.

Essas mudanças ambientais podem ou não apresentar ótimos habitats para o crescimento ou mesmo a sobrevivência de uma espécie particular de alga. Consequentemente há, em geral, uma sucessão de espécies diferentes de algas no lago ao longo do ano e de ano para ano.

Pesquisa: Airton Esgster dos Santos
Fonte: Livros Biologia Acervo Aepan-ONG