Algas em rios e lagos

ALGAS – Importância e Crescimento

Os fitoplâncton são algas [principalmente dos grupos Pyrrophyta (dinoflagelados) e Chrysophyta (diatomáceas)], cuja presença e concentração nos lagos, rios e arroios está fortemente associada ao estado trófico do manancial.

As algas (plantas inferiores que não apresentam organização complexa do corpo e que produzem a fotossíntese) são importantes para o ecossistema lacustre porque:

Convertem material inorgânico em orgânico (através da fotossíntese)

Oxigenam a água (ainda através da fotossíntese)

Servem como base essencial para a cadeia alimentar

Afetam a quantidade de luz solar que penetra na coluna d´água

Como muitas plantas superiores, as algas precisam de luz, de suprimento de nutrientes inorgânicos e de faixas específicas de temperatura para crescerem e se reproduzirem. Dentre esses fatores, o suprimento de nutrientes (especialmente o Fósforo) é um dos principais, pois é ele que ditará a evolução do seu crescimento.

Fatores que afetam o crescimento das algas

Há uma série de fatores ambientais que influem no crescimento das algas nos lagos e reserevatórios. Os principais são os seguintes:

A quantidade de luz solar que penetra na água (afetada pela intensidade dos raios solares; pela quantidade de material em suspensão; e pela cor da água);

A disponibilidade de nutrientes para o crescimento das algas (determinado tanto pela fonte como pelos mecanismos de remoção);

A temperatura da água (regulada pelo clima, altitude, lançamento de efluentes, etc.);

A remoção física das algas (pelo seu afundamento ou saída através de um vertedor);

O pastoreio da população algal (por peixes, animais microscópicos e outros organismos (zooplâncton));

O parasitismo por bactérias, fungos e outros microrganismos; e

A competição de outras plantas aquáticas por alimento e luz.

É a combinação destes e de outros fatores ambientais que determinam o tipo e a quantidade de algas encontradas em um lago. É importante observar, contudo, que esses fatores estão sempre num estado de fluxo. Isso porque a multiplicidade de eventos, inclusive a mudança das Estações, o uso dos terrenos da bacia e as enxurradas que, constantemente, criam "novos ambientes" no lago.

Essas mudanças ambientais podem ou não apresentar ótimos habitats para o crescimento ou mesmo a sobrevivência de uma espécie particular de alga. Consequentemente há, em geral, uma sucessão de espécies diferentes de algas no lago ao longo do ano e de ano para ano.

Pesquisa: Airton Esgster dos Santos
Fonte: Livros Biologia Acervo Aepan-ONG

Rio Taquari - Fevereiro de 2009





Aepan-ONG realizou trabalho de campo

No sábado dia 14 de fevereiro, voluntários da Aepan-ONG realizaram levantamento das condições ambientais do Rio Taquari.
Ás 11 horas, momento em que se efetivou as atividades de observação e medidas o sol brilhava intensamente soprando uma brisa suave com folhas e os ramos na mata ciliar num constante vai e vem, ventos entre 12 a 19 km por hora. A umidade do ar de 61% e temperatura de 28 °C.
Observou-se a presença de pássaros na mata ciliar. Também muito lixo jogado nas barrancas, inclusive uma fogueira ainda queimando. A temperatura do solo com 25 °C.
A transparência da água estava com 1,09 metros de profundidade medida com disco de Secchi. A água apresentava-se inodora esverdeada e com aspecto límpido. Foi constatada a presença de pequenas manchas de óleo derivado de petróleo e ausência de espumas dentro do recurso hídrico. Sem proliferação de algas.
Oxigênio Dissolvido com ótima concentração e pH de 7,2. Outras análises químicas normais para época do ano.
Após apuração e estudos dos resultados obtidos pode-se afirmar que as condições ambientais do Rio Taquari são boas.

Participaram dos trabalhos: Jorge Scherer, Airton Engster dos Santos e Marco Kaffer.
Aepan-ONG