Imagens do Seculo XX - Rio Taquari - Antigo Porto de Estrela

Semana do Meio Ambiente - São Francisco de Paula

Limpeza do Arroio Saraquá

Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas - ATA 04/2011


ATA 04/2011

Aos vinte e nove dias do mês de abril de dois mil e onze, às nove horas e trinta minutos, no auditório do prédio 11 da Univates, na cidade de Lajeado, reuniu-se, em reunião ordinária, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas, com 27 (vinte e sete) membros titulares, 1 (um) membro suplente em posição de titular e 6 (seis) membros suplentes, além de convidados e ouvintes, conforme segue: GRUPO I – USUÁRIOS DA ÁGUA - Categoria: ABASTECIMENTO PÚBLICO: SAMAE Caxias do Sul – Tiago de Vargas e Gilberto de Oliveira ramos; CORSAN – Juarez Carlos Pasquali; Prefeitura Municipal de Triunfo – Mary Simone de Vargas Rosa; UESA – Marciano Garibotti; ACAL – Tiago Betto. Categoria: ESGOTAMENTO SANITÁRIO, DRENAGEM, GESTÃO URBANA E AMBIENTAL: SAMAE Caxias do Sul – Renivo Girardi; Prefeitura Municipal de Triunfo – Maristela Sarzi de Almeida; CORSAN - Companhia Riograndense de Saneamento - Farroupilha- Gelso Molon; Prefeitura Municipal de Marau – Denize Borella; Prefeitura Municipal de Cambará do Sul – Dirceu Amaro da Silva; Prefeitura Municipal de Estrela – Ângela Schossler. Categoria: GERAÇÃO DE ENERGIA: Cooperativa Regional de Desenvolvimento Teutônia Ltda – CERTEL - Julio Cesar Salecker; Companhia Energética Rio das Antas – CERAN - Maria Angela Damian. Categoria: PRODUÇÃO RURAL: Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Encantado – Gilberto Zanatta; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lajeado – Lauro Baum; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caxias do Sul - Raimundo Bampi; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Estrela – Lécio Antônio Gregory. Categoria: INDÚSTRIA: Sind. das Indústrias do papel, papelão e cortiça- SINPASUL - Jaoscimar Otto Ferreira Becker; Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul – Margarete Bender; Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Garibaldi – Diego Collaziol. Categoria: NAVEGAÇÃO E MINERAÇÃO: Sociedade dos Mineradores de Areia do Rio Jacuí Ltda – SMARJA - Nestor Halmenschlager. GRUPO II – REPRESENTANTES DA POPULAÇÃO - Categoria: LEGISLATIVOS MUNICIPAIS: Câmara Municipal de Vereadores de Guaporé – Adílio Antônio Pasini; Câmara Municipal de Vereadores de Garibaldi - Jorge Alberton; Câmara de Vereadores de Cambará do Sul – Alécio Valdeci Pereira; Câmara Municipal de Vereadores de Bento Gonçalves – Neilene Lunelli Cristofoli. Categoria: ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS E CLUBES DE SERVIÇOS COMUNITÁRIOS: Rotary Clube de Taquari – Elisabeth Lisboa Souza. Categoria: INSTITUIÇÕES DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: Universidade de Caxias do Sul – UCS - Daniel Schmitz; Univates – Everaldo Rigelo Ferreira; Faculdade de Tecnologia La Salle – Tamara Bianca Horn. Categoria: ORGANIZAÇÕES AMBIENTAIS: Fundação Pró-Rio Taquari – Ildo Mayer Categoria: Organizações Sindicais: Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Cooperativas e Desenvolvimento Rural do RS – SITRACOOPER – Ricardo Jasper. III – GRUPO DOS REPRESENTANTES DO GOVERNO ESTADUAL E FEDERAL: Secretaria de Estado de Meio Ambiente – Tiago Brasil Loch. IV – GRUPO ESPECIAL - METROPLAN – Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional - Shirley Nielsen e Ênio Costa Hausen. Justificaram antecipadamente sua falta os seguintes membros: Thiago Carniel Teixeira – Câmara Municipal de Vereadores de São Francisco de Paula; Luiz Augusto Signor – ABEPAM; André Mito Dornelles - CEEE; Vânia Elizabeth Schneider – FERVI; Juliano Rodrigues Gimenez – Abes; Jairo Guaragni – Câmara Municipal de Vereadores de Taquari. A referida reunião ocorre conforme convocação em circular externa n°04/2011, de 14 de abril do corrente. A pauta da reunião segue conforme especificado, salientando 1) Leitura e Aprovação da Ata 03/11: A senhora Neilene Lunelli (Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves) pediu para que seu nome fosse colocado na ata 03/2011, uma vez que ela estava presente na reunião passada. Havendo quórum a referida ata foi aprovada por 22 votos a favor. 2) Apresentação do Projeto Sustentabilidade Criativa 2011 – Rádio Encanto: Devido à impossibilidade de participação dos membros do Projeto, este item da pauta será transferido para a próxima reunião, que ocorrerá no dia 27 de maio. 3) Relato do Lançamento do Plano de Bacia, 01° de abril e 08 de abril – Assessoria de imprensa do Comitê: A senhora Simone Rockembach, assessora de imprensa do Comitê, fez um breve relato sobre o Lançamento do Plano de Bacia em Lajeado e em Caxias do Sul. Segundo a assessora mais de 100 veículos de comunicação receberam as notícias do lançamento do Plano, sendo que foram geradas duas notícias pré-evento e durante o Lançamento foram distribuídos kits aos jornalistas com diversas informações sobre o Plano. Nos dois eventos, em Lajeado no dia 1° de abril, na Univates, e no dia 8, na UCS, em Caxias do Sul, estiveram presentes cerca de 20 veículos de comunicação, sendo que foram concedidas diversas entrevistas antes do evento, durante e após o Lançamento. A assessora Simone Rockembach, ainda relata que a cobertura e repercussão do evento foi muito boa. 4) Criação do novo site do Comitê Taquari-Antas: A secretária executiva do Comitê, Cíntia Agostini, mostrou aos membros a proposta do novo site que deve ir ao ar nos próximos 2 meses. Comentou ainda que no dia 20 de abril ocorreu reunião da CPA – Comissão Permanente de Assessoramento do Comitê, onde foram discutidas sugestões para o novo site, sendo trazidas para a plenária do Comitê para serem apreciadas. Desta forma ficam como propostas para o novo site: à direita devem constar links com logo e acessos a outras instituições: Ex. ANA, SEMA, ABES, Comitês, FGC, FEPAM, etc; Apresentar de alguma forma a cronologia do Comitê; Ter no site as apresentações das reuniões; Dividir da forma que se tenha o entendimento dos sistemas de Recursos Hídricos: nacional, estadual, regional e por bacias; Os eventos gerais, vinculados a água, podem estar em formato de calendário; Expor diferentes fotos na tela de apresentação (identificar tais fotos); Newslleter a ser pensada; Expor antes das fotos do rio o nome do Comitê, o logo e o brasão do Estado; A notícia mais importante é a que deve estar em destaque; A convocação será recebida via sistema, deve ter um arquivo de registro do recebimento das informações; Deve haver um arquivo com as informações do nome, foto e contato dos membros do Comitê; Deve estar no site o arquivo controle das presenças dos membros; Deve estar no site as cidades da Bacia e links para seus sites; Constar um texto explicativo dos temas e itens; Constar uma biblioteca virtual do Comitê onde constarão textos e documentos (ex. Livro Historia do Rio Taquari-Antas, o documento do Plano de Bacia e outros). 5) Plano da Bacia Taquari-Antas – Comissão de acompanhamento: A secretária executiva, Cíntia Agostini, falou aos membros sobre o andamento do Plano de Bacia e que no dia 26 de abril ocorreu mais uma reunião da Comissão de Acompanhamento do Plano. Ainda, comentou que em função da transição de governo, a necessidade de interlocução com os membros da Comissão de Acompanhamento, articulação com a sociedade, reuniões e entrevistas, geraram um atraso no processo. O senhor Adriano Panazzolo (STE) fez uma apresentação aos membros sobre o andamento do processo do Plano de Bacia, onde até o presente momento foram definidas as unidades de gestão, apresentação das metas e definições acerca do Plano, e, que o cronograma das atividades será refeito. Em relação a este tema, a senhora Cíntia informa que está sendo articulado um treinamento sobre Plano de Bacia para os membros do Comitê. O Presidente Daniel Schmitz ainda comentou que existe possibilidade de contratação da etapa C do Plano via Consulta Popular – 2010/2011 da Serra Gaúcha. Para tanto, o Comitê deverá apresentar Termo de Referência (Plano de Trabalho) no intuito de buscar esses recursos via SEMA. Ainda, sobre o Plano de Bacia, surgiram várias dúvidas e questionamentos da plenária, o senhor Marciano Garibotti (UESA) questionou sobre os procedimentos quanto às águas subterrâneas e o senhor Tiago Brasil Loch (DRH) falou que as águas subterrâneas fazem parte do balanço hídrico, mas não entram no enquadramento. O senhor Everaldo Ferreira (Univates) ainda comentou que existe legislação sobre as águas subterrâneas, e que esta deve ser considerada. O senhor Júlio Salecker disse que deve haver preocupação em relação à polarização dos usos da água. A senhora Maristela Zarzi (Prefeitura Municipal de Triunfo) ainda complementou dizendo que deve-se pensar nas melhores formas de aproveitamento destes recursos, para que haja uma gestão ambiental mais eficaz. O Presidente Daniel Schmitz ainda comentou sobre o Plano de Bacia e os trechos livres de barramento. A secretária executiva Cíntia Agostini informou que a dinâmica da comissão de acompanhamento será de reuniões quinzenais. O presidente Daniel Schmitz falou sobre as unidades de gestão onde devem ser marcadas audiências públicas nestes locais através de articulação com os membros do Comitê, representantes tanto da população como dos usuários. O senhor Patrick Laigneau (STE) - disse que serão definidas metodologias para esta mobilização social. A senhora Ariana Maia (Câmara de Vereadores de Ilópolis) comentou que deve haver uma preocupação em se trabalhar com a sociedade, pois muitas pessoas não tem conhecimento sobre o Comitê e o Plano de Bacia. Ainda colocou seu município a disposição para realização de uma reunião do Comitê. O Presidente Daniel Schmitz complementou dizendo que um dos instrumentos do Plano de Bacia é o plano de comunicação e que este deverá ajudar no processo de conhecimento e reconhecimento da sociedade da bacia. O senhor Marciano Garobotti (UESA) disse que as datas e locais das reuniões devem ser planejadas o quanto antes para que os membros possam se organizar e articular com os municípios. 6)Assuntos Gerais: A secretária Executiva Cíntia Agostini fez a apresentação da professora Ana Cecília Togni – Chica, aos membros do Comitê. A professora escreverá a reedição do livro “História do Rio Taquari-Antas”. Referente a Agência de Bacia, o Presidente Daniel Schmitz comentou que a contratação dos consultores ainda não saiu, desta forma o Projeto Piloto da Região Hidrográfica do Guaíba está com seus trabalhos atrasados. Ainda, em assuntos gerais, o Presidente Daniel Schmitz falou aos membros sobre a Reunião do CRH e do Fórum Gaúcho de Comitês de Bacias que ocorreu no dia 27 de abril. Neste dia, o Presidente Daniel Schmitz teve a oportunidade de participar de reunião com a presença da Ministra do Meio Ambiente, senhora Izabella Teixeira na Assembléia Legislativa. Neste mesmo dia, na reunião do Fórum foi tratado assunto referente ao orçamento do FRH (Fundo de Recursos Hídricos) onde os Comitês querem fazer parte deste processo. O FRH possui hoje R$ 85.000.000,00 de recursos. Os Comitês estão se organizando de forma conjunta neste processo. Para finalizar, o senhor Adílio Pasini sugeriu que a reunião do mês de agosto fosse realizada na cidade de Guaporé, em virtude de que no mês de agosto ocorre a Mostra Guaporé e a reunião poderia ser realizada durante a feira. O Presidente Daniel Schmitz disse que está no regimento do Comitê que as reuniões ocorrerão sempre na última sexta feira de cada mês, desta forma a reunião só poderá ser na cidade de Guaporé se for realizada reunião extraordinária, o que pode vir a acontecer em virtude das reuniões do Plano de Bacia com as categorias. Nada mais havendo a constar, lavro a presente ata, que será apresentada para aprovação na próxima reunião, no dia 27 de maio de 2011, em Ilópolis. Lajeado, 20 de maio de 2011.

Daniel Schmitz

Presidente

Monitoramento da Qualidade das Águas


Monitoramento da Qualidade das Águas

São determinados 33 parâmetros físicos, químicos e microbiológicos de qualidade da água em análise em laboratório.

Desses 33 parâmetros, nove compõem o Índice da qualidade das águas (IQA).

São eles:

. Oxigênio dissolvido (OD)
. Demanda bioquímica de oxigênio (DQO)
. Coliformes fecais
. Temperatura da água
. pH da água
. Nitrogênio total
. Fósforo total
. Sólidos totais
. Turbidez


Na sua interpretação devem ser levados em consideração fatores importantes:

. A qualidade das águas muda ao longo do ano; em função de fatores meteorológicos e da eventual sazonalidade de lançamentos poluidores e das vazões.

. A medida que o rio avança, a qualidade melhora por duas causas: a capacidade de autodepuração dos próprios rios e a diluição dos contaminantes pelo recebimento de melhor qualidade de seus afluentes. Esta recuperação , entretanto, atinge apenas os níveis de qualidade aceitável ou boa. É muito difícil a recuperação ser total.


Parâmetros Químicos

. Oxigênio Dissolvido (OD):
É um dos parâmetros mais importantes para exame da qualidade da água, pois revela a possibilidade de manutenção de vida dos organismos aeróbios, como peixes, por exemplo. A escassez de OD pode levar ao desaparecimento dos peixes de um determinado corpo d'água, dado que esses organismos são extremamente sensíveis à diminuição do OD de seu meio. Pode também ocasionar mau cheiro.

. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO):
É o parâmetro mais comumente utilizado para a medida do consumo de oxigênio na água. Representa a quantidade de oxigênio do meio que é consumido pelos peixes e outros organismos aeróbicos e que gasta de oxidação de matéria orgânica presente na água. É medida a 20º C.

. Sais minerais:
São inúmeros os minerais possíveis de ocorrerem na água. O Nitrogênio e o Fósforo dependendo de quantidade são importantes porque são responsáveis pela alimentação de algas, vegetais superiores e outros organismos aquáticos . Em dosagens elevadas podem provocar sérios problemas sérios problemas, como proliferação excessiva de algas, causando o fenômeno conhecido como eutrofização (boa nutrição) de lagos e represas. Nesses casos a água tem mau cheiro, gosto desagradável e ocorre morte generalizada de peixes.

Alguns poços em zonas rurais acumulam nitratos provocando envenenamentos em quem consome suas águas. O consumo de água de poços deve ser feito após análise periódica de suas águas.
Existem também minerais indesejáveis que podem ocorrer nas águas e sua concentração vai limitar o uso. Por exemplo: Alumínio, Arsínio, Bário, Berílio, Boro, Cádmio, Cobalto, Cobre, Cromo, Estanho, Lítio, Mercúrio, etc... São produtos nocivos os metais pesados, óleos e graxas, pesticidas e herbicidas.


Principais Parâmetros Biológicos

A quantidade de matéria orgânica presente nos corpos d'água depende de uma série de fatores incluindo todos os organismos que aí vivem, os resíduos de plantas e animais carregados para as águas e também o LIXO e os ESGOTOS nela jogados.
Se a quantidade de matéria orgânica é muito grande a poluição das águas é alta e uma série de processos vão ser alterados. Haverá muito alimento à disposição e conseqüentemente proliferação dos seres vivos. Vai haver maior consumo de oxigênio que ocasionará a diminuição de Oxigênio dissolvido provocando a mortalidade de peixes.
É difícil se restabelecer o equilíbrio se o processos poluidores não são controlados.
Os principais componentes de matéria orgânica encontrados na água são proteínas, aminoácidos, carboidratos, gorduras, além de uréia, surfactantes e fenóis.
Os microorganismos desempenham diversas funções de fundamental importância para a qualidade das águas. Participam das diversas transformações da matéria nos ciclos biogeoquímicos como o do N, P, S, Hg, C e da água.


Significado dos parâmetros

Oxigênio dissolvido (OD) - Quantidade de gás oxigênio contido na água ou no esgoto, geralmente expressa em parte por milhão numa temperatura e numa pressão atmosférica específica. É uma medida da capacidade de água para sustentar organismos aquáticos. A água com conteúdo de oxigênio dissolvido muito baixo, que é geralmente causada por lixos em excesso ou impropriamente tratados, não sustentam peixes e organismos similares.

Demanda Química de Oxigênio (DQO) - É a quantidade de oxigênio necessária para oxidação da matéria orgânica através de um agente químico. Um valor de DQO alto indica uma grande concentração de matéria orgânica e baixo teor de oxigênio. O aumento da concentração de DQO num corpo d'água se deve principalmente a despejos de origem industrial.

PH (Potencial Hidrogeniônico) - Medida da concentração relativa dos íons de hidrogênio numa solução; esse valor indica a acidez ou alcalinidade da solução. É calculado como o logaritmo negativo de base 10 da concentração de íons de hidrogênio em moles por litro. Um valor de pH 7 indica uma solução neutra: índice de pH maiores de 7 são básico, e os abaixo de 7 são ácidos.

Nitrogênio Amoniacal (amônia) - É uma substância tóxica não persistente e não cumulativa e, sua concentração, que normalmente é baixa, não causa nenhum dano fisiológico aos seres humanos e animais. Grandes quantidades de amônia podem causar sufocamento de peixes. Ela é formada no processo de decomposição de matéria orgânica ( uréia - amônia). Em locais poluídos seu teor costuma ser alto. O caminho de decomposição das substâncias orgânicas nitrogenadas é chegar ao nitrato, passando primeiro pelo estágio de amônia, por isso, a presença desta substância indica uma poluição recente.

Fosfato ( P04 ) - Os fosfatos, como o nitrogênio, são muito importantes para os seres vivos, entrando da composição de muitas moléculas orgânicas essências. Podem provir de adubos, da decomposição de matérias orgânica, de detergentes, de material particulado presente na atmosfera ou da solubilização de rochas. É o principal responsável pela eutrofização artificial. A liberação de fosfato na coluna d' água ocorre mais facilmente em baixas quantidades de oxigênio. O fosfato é indispensável para o crescimento de algas, pois faz parte da composição dos compostos celulares .O zooplâncton e os peixes excretam fezes ricas em fosfato. Seu aumento na coluna d' água aumenta a floração de algas e fitoplâncton.

Temperatura - Determinada espécie animal ou cultura vegetal cresce melhor dentro de uma faixa de temperatura. O mesmo para animais aquáticos, e geralmente reconhecemos três grupos de temperatura: água fria, água morna e água quente. Espécies de peixes água quente crescem melhor a temperatura de 25ºC, mas se a temperatura ultrapassar os 32-35º C, o crescimento pode ser prejudicado. Outros organismos como por exemplo, bactérias, fitoplâncton, e plantas com raízes, e processos químicos e físicos que influenciam a qualidade do solo e da água também respondem favoravelmente ao aumento de temperatura. Microorganismos decompõem a matéria orgânica mais rápido a 30º que a 25ºC. a taxa da maioria dos processos que afetam a qualidade da água e do solo dobram a cada aumento de 10ºC na temperatura. Mesmo nos trópicos onde a temperatura é relativamente constante, pequenas diferenças nas temperaturas das estações podem influenciar o crescimento dos peixes.

Coliformes Totais - As bactérias do grupo coliforme são consideradas os principais indicadores de contaminação fecal. O grupo coliforme é formado por um número de bactérias que inclui os generos Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactéria. Todas as bactérias coliformes são gram-negativas manchadas, de hastes não esporuladas que estão associadas com as fezes de animais de sangue quente e com o solo. As bactérias coliformes fecais reproduzem-se ativamente a 44,5 ºC e são capazes de fermentar o açúcar. O uso da bactéria coliforme fecal para indicar poluição sanitária mostra-se mais significativo que o uso da bactéria coliforme "total", porque as bactérias fecais estão restritas ao trato intestinal de animais de sangue quente. A determinação da concentração dos coliformes assume importância como parâmetro indicador da possibilidade da existência de microorganismos patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tifóide, febre paratifóide, desinteria bacilar e cólera.


Principais Doenças Relacionadas com a Água

Por ingestão de água contaminada:

. Cólera
. Disenteria amebiana
. Disenteria bacilar
. Febre tifóide e paratifóide
. Gastroenterite
. Giardise
. Hepatite infecciosa
. Leptospirose
. Paralisia infantil
. Salmonelose

Por contato com água contaminada:

. Escabiose (doença parasitária cutânea conhecida como Sarna)
. Tracoma (mais frequente nas zonas rurais)
. Verminoses, tendo a água como um estágio do ciclo
. Esquistossomose

Por meio de insetos que se desenvolvem na água:

. Dengue
. Febre Amarela
. Filariose
. Malária

Cólera, febre tifóide e paratifóide são as doenças mais frequentemente ocasionadas por águas contaminadas e penetram no organismo via cutâneo - mucosa como é o caso de via oral.


Contaminação da Água

A água é um poderoso solvente. Ela dissolve algumas porções de quase tudo com o que entra em contato.
Na cidade a água é contaminada por esgoto, monóxido de carbono, poluição, produtos derivados de petróleo e bactérias.
O cloro utilizado para proteger a água pode contaminá-la ao reagir com as substâncias orgânicas presentes na água, formando os nocivos trialometanos.
A agricultura contamina a água com fertilizantes, inseticidas, fungicidas, herbicidas e nitratos que são carregados pela chuva ou infiltrados no solo, contaminando os mananciais subterrâneos e os lençóis freáticos.
A água subterrânea também é contaminada por todos estes poluentes que se infiltram no solo, atingindo os mananciais que abastecem os poços de água de diversos tipos.
A água da chuva é contaminada pela poluição que se encontra no ar, podendo estar contaminada com partículas de arsínico, chumbo, outros poluentes e inclusive ser uma chuva ácida.
A indústria contamina a água através do despejo nos rios e lagos de desinfetantes, detergentes, solventes, metais pesados, resíduos radioativos e derivados de petróleo.

Os contaminantes da água podem ser:

Biológicos - a água é um excelente meio para o crescimento microbiano.

Dissolvidos - fazendo parte de sua composição química.

Em suspensão - fazendo parte da composição física: sedimentos, partículas, areia, barro, etc.

Formas de contaminação da água:

Uso de fertilizantes, inseticidas, nitratos, herbicidas e fungicidas utilizados nas plantações e que se infiltram na terra, atingindo os mananciais subterrâneos.
Detergentes, desinfetantes, solventes e metais pesados que são descarregados no esgoto (e muitas vezes nos rios) pelas indústrias.
Lixo e detrito que são jogados nos rios e lagos.
Produtos derivados de petróleo que vazam e são arrastados pela água da chuva.
Restos de animais mortos.
Chuva ácida.

PROBLEMAS MAIS COMUNS NA ÁGUA

TURBIDEZ - A turbidez é a presença de partículas de sujeira, barro e areia, que retiram o aspecto cristalino da água, deixando-a com uma aparência túrbida e opaca.

GOSTOS E CHEIROS ESTRANHOS - Gostos e cheiros indesejáveis, como de bolor, de terra ou de peixe, são causados pela presença de algas, humus e outros detritos que naturalmente estão presentes nas fontes de água como rios e lagos.

COR ESTRANHA - A presença de ferro e cobre pode deixá-la amarronzada. Além do aspecto visual, essa água pode manchar pias e sanitários. A água que causa manchas pretas possui partículas de manganís.

CHEIRO DE OVO PODRE - Este cheiro é causado pela presença de hidrogênio sulfídrico, produzido por bactérias que se encontram em poços profundos e fontes de águas estagnadas por longos períodos.

GOSTO DE FERRUGEM/GOSTO METÁLICO - O excesso de ferro e de outros metais alteram o sabor e aparência da água. O sabor da água pode apresentar-se metálico, mesmo que visualmente a coloração esteja normal, pois a coloração enferrujada só aparece depois de alguns minutos em contato com o ar.

GOSTO E CHEIRO DE CLORO - O cloro é usado pelas estações de tratamento para desinfetar a água. Porém, a presença de cloro prejudica o sabor e o cheiro da água que vai ser utilizada para beber ou na culinária em geral.

Fonte CETESB

Reunião Ordinária do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas


Circular Externa nº 05/2011 Lajeado, 17 de maio de 2011

Prezado(a) Senhor(a)
Ao cumprimentá-lo(a), convocamos os representantes das entidades
titulares e das entidades suplentes, para participarem da Reunião Ordinária do Comitê
de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, que se realizará no dia 27 de
maio, com recepção às 9 horas e início das atividades às 9h 30min, na Câmara de
Vereadores do município de Ilópolis, cito rua Alfredo Mutze, 155.
Na oportunidade serão tratados os seguintes assuntos:

· Leitura e aprovação da Ata 04/11;
· Encaminhamento referente às entidades faltantes nas reuniões do
Comitê;
· Troca de membro da Câmara Técnica Institucional e Jurídica do CRH;
· Inclusão de entidade como membro no Comitê;
· Apresentação de projetos ambientais do município de Ilópolis;
· Apresentações de projetos acerca do tema limpeza de rios;
· Apresentação do Projeto Sustentabilidade Criativa 2011 – Rádio Encanto;
· Plano de Bacia: criação de grupo de trabalho;
· Relato da Agência/Metroplan;
· Assuntos gerais.

Esta reunião tem previsão de início às 9h30min e término às 12h30min.
Aguardando sua indispensável participação, subscrevemos,

Atenciosamente
Daniel Schmitz Julio Cesar Salecker
Presidente Vice-Presidente

Rio Taquari no mês de Abril de 2011



Relatório Aepan-ONG:

Rio Taquari no mês de Abril de 2011


No dia 23 de abril de 2011, voluntários da Aepan-ONG realizaram o levantamento mensal das condições ambientais do Rio Taquari.

No exato momento da realização do levantamento, às 17 horas, o tempo estava encoberto com chuvisqueiro.

A temperatura atmosférica era de 24 ºC e Umidade Relativa do Ar de 88%.

O local do monitoramento se deu entre a antiga empresa Granóleo SA e o Porto de Estrela.

Mata Ciliar:
A mata ciliar estava inalterada em relação ao último levantamento. Ainda encontrado muito lixo jogado nas barrancas do Rio como: (plástico, ferro, madeira, isopor, latas...). A temperatura do solo de 23ºC.
Vistos diversas espécies de pássaros na mata. (pomba do mato, tico-tico, sabiá e joão-de-barro).

Condições das Águas:
A água do Rio Taquari apresentava transparência de 60 Cm. Matéria Orgânica de 3 mg por Litro e pH 7,1.

Temperatura de 26ºC e Oxigênio Dissolvido de 9,6 mg por Litro.

Cheiro ou odor característico, cor marrom, isento de óleo, espumas, larvas e vermes.
Lixo flutuante como: pedaços de folhas e paus, possivelmente devido as fortes chuvas verificadas durante todo o mês de abril de 2011.

Verificado a presença de alguns peixes próximo ao Porto de Estrela. Dois pescadores no local com pouca sorte, pois haviam capturado apenas alguns poucos lambaris pequenos e dois pintados médios. Pescavam com caniço e linha.

Condições Climáticas durante o mês:
A temperatura atmosférica máxima registrada no mês de abril de 2011 foi de 29 ºC e a mínima de 14ºC.

Precipitação pluviométrica de 280 mm de chuva.
Verdadeiras enchurradas foram verificadas durante o mês, causando muitos transtornos em Estrela, Vale do Taquari e Rio Grande do Sul.

Diversos municípios tiveram ruas alagadas, casas invadidas pelas águas pluviais, que se acumulavam rapidamente, transbordando os bueiros devido a forte precipitação em curto espaço de tempo.

Muitas residências e estabelecimentos comerciais e industriais tiveram falta de energia elétrica em função dos repetidos temporais acompanhados de raios e trovões.

Equipe de voluntários:
Jorge Scherer
Marco Kaefer
Airton Engster dos Santos

Rio Taquari é monitorado pela Aepan-ONG

Aepan-ONG monitora o Rio Taquari -E-mail: aepan.ong@gmail.com


Rio Taquari

O Rio Taquarí tem suas nascentes a 29° da latitude sul e 51°30' de longitude leste, na região nordeste do estado. Desce na direção norte-sul até a cidade de Taquarí, infletindo após para sudeste até sua foz no rio Jacuí.


O Rio Taquarí é afluente do rio Jacuí pela sua margem esquerda. Sua foz localiza-se no PK-56, junto à cidade de São Jerônimo.


No seu percurso, até o Jacuí, o Taquarí-Antas atravessa várias regiões fisiográficas: Campos de Cima da Serra, Encosta Superior do Nordeste, Encosta Inferior do Nordeste e Depressão Central. As altitudes variam de 1,2Km no extremo leste, junto à região dos Aparados da Serra, até aproximadamente o nível do mar, na confluência dos rios Taquarí e Jacuí.


A área da bacia Taquarí-Antas perfaz aproximadamente 27 mil Km2, correspondendo à cerca de 37% de área total da bacia do Jacuí.


O rio Taquarí, tem um trecho navegável de 147Km da sua foz à localidade de Muçum. Devido as suas características específicas este trecho foi dividido em subtrechos com condições peculiares. Da foz a cidade de Taquarí a extensão do trecho navegável perfaz 31Km, com profundidade de 3,5m em 90% do tempo.


Da cidade de Taquarí à Arroio do Meio numa extensão de 68Km, mantém profundidades de 3,0m em 90% do tempo.


De Arroio do Meio a Muçum, numa extensão de 48Km, somente pode ser navegável nas cheias.
O período de águas altas é de julho a dezembro, e o de águas baixas vai e janeiro a maio.
Da foz até as proximidades da cidade que lhe empresta o nome (PK-87) o rio apresenta excelentes condições de navegação, dispensando, em geral, até mesmo o balizamento.


O segmento que exige algum cuidado por parte dos navegantes é aquele compreendido entre a ilha do pai José (PK-79) e a ilha dos Macacos (PK-81). Esse trecho, por suas características, possibilita navegação franca, inclusive à noite.


A partir de Taquarí, até atingir a Barragem de bom Retiro do Sul (PK-121), numa extensão de 34Km, a hidrovia oferece algumas restrições à navegação inerente ao fato de ter sido implantada artificialmente, através de dragagens, precedidas ou não de derrocamentos, ao longo da maior parte desse estirão. Com calado de 2,50m, largura dos canais de 30m em alguns trechos e a sinuosidade do curso d'água não ensejam as mesmas condições de navegação, resultando em limitações ao trânsito noturno de embarcações carregadas, no sentido montante-jusante.


Desde Bom Retiro do Sul até o Porto Fluvial de Estrela, ao longo de um percurso de 22Km, a barragem assegura condições ótimas de navegação, com calado de 3,2m, sem qualquer necessidade complementar de serviços de regularização ou mesmo de balizamento.

Contaminação da Água

Rio Taquari - Foz do Arroio Boa Vista



CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA


De maneira simples a contaminação da água pode ser definida como a adição de substâncias estranhas que deterioram sua qualidade. A qualidade da água se refere a sua aptidão para usos benéficos, como abastecimento, irrigação, recreação e etc. Um contaminante pode ser de origem inorgânica, como o chumbo ou mercúrio, ou orgânico, como coliformes provenientes de esgotos domésticos.


Do ponto de vista ecológico a qualidade de água têm uma conotação um pouco diferente. A qualidade de água de um ecossistema aquático natural pode ser muito diversa; certos ecossistemas apesar de possuírem concentrações elevadas de sais, pHs ácidos ou baixa concentração de oxigênio dissolvido podem ter comunidades estáveis e adaptadas a viver nestes meios. Nestes casos, a qualidade da água depende fundamentalmente dos aportes naturais, dados pela chuva e pelas condições naturais de geologia e solos da bacia de drenagem.


As principais fontes de contaminação aquática são as indústrias, a agricultura e os despejos domésticos. A decomposição natural da matéria orgânica, acumulada em excesso, causa mudanças drásticas na concentração de oxigênio e nos valores de pH, que podem ser, às vezes, mortais para os peixes.


Várias são as classes de substâncias que podem chegar a contaminar a água. Algumas podem causar turbidez na água (diminuição da transparência), outras aumentar a salinidade ou a temperatura. Como exemplo podemos citar:


• Sólidos em suspensão - provêm da erosão dos solos, atividades de mineração, agrícolas ou industriais. Estas substâncias diminuem a transparência da água e consequentemente a atividade fotossintética, podem causar danos às guelras e brânquias dos organismos aquáticos e perturbar os locais de desova e refúgio destes.


• Substâncias tóxicas - os problemas mais grave são das substâncias resistentes à decomposição microbiana, cujo poder acumulativo na água e nos organismos põem em perigo a estabilidade dos ecossistemas aquáticos, da vida animal e do homem. Dentre estes estão os metais pesados, extremamente tóxicos.


• Detergentes - os detergentes, devido a sua composição química, têm a propriedade de limpar com maior rapidez e de ser mais eficiente em águas com alto conteúdo de Ca++ e Mg++ , ultrapassando, em muito, o sabão. Os detergentes baixam a tensão superficial da água, exercendo um efeito desoxigenador no corpo d'água, pois reduz a superfície de contato entre a água e o ar. Contribui também para a eutrofização, devido ao conteúdo de fósforo incorporados à sua molécula, o qual após a degradação passa a estar disponível para a comunidade.


• Sais - os sais são o produto da neutralização de um ácido e uma base. Um aumento dos sais nos ecossistemas aquáticos traz, como conseqüência, problemas de osmoregulação dos organismos, podendo chegar a eliminar os não adaptados.

Viva o Taquari Vivo 2011






Viva o Taquari Vivo:
“Lajeado e Estrela de frente para o Rio”

Parte do resíduo coletado na ação encontra-se em exposição para a comunidade dos dois municípios, com objetivo de aumentar a sensibilização sobre a agressão que o rio sofre pela ação dos resíduos que se acumulam em seu leito e suas margens.

Depois da ação realizada no último sábado, dia 14, as duas cidades bases do “Viva o Taquari Vivo”, Lajeado e Estrela, realizam mostra do material recolhido.


A exposição ocorre desde sábado e estende-se até a próxima sexta feira, dia 20, em Lajeado e Estrela.

A atividade já ocorre desde 2010, quando ocorreu a quarta edição da ação “Viva o Taquari Vivo”, no município de Lajeado, e visa aumentar a reflexão da população para o cuidado com o lixo que acaba se acumulando de forma indevida nas margens e no leito do rio Taquari.
O município de Estrela, em sua primeira participação, promove simultaneamente a exposição neste ano.


O local escolhido foi a praça Menna Barreto, em frente à prefeitura municipal.

A secretária de Meio Ambiente de Estrela, Ângela Schossler, explica que a participação na ação é parte do Projeto Sala Verde, que promove ações em Educação Ambiental em todo o município.


“É importante expor os materiais recolhidos na Ação "Viva o Taquari Vivo", pois a população precisa perceber a importância de atitudes responsáveis na destinação dos materiais do nosso cotidiano. Cadeiras, roupas, pneus, eletrônicos e outros têm que ter uma destinação adequada.Causar indignação e mudança nos hábitos e atitudes é o principal objetivo de nossa exposição”, expõe.


A responsável pela secretaria em Lajeado, Simone Beatris Schneider, também reforça a importância da exposição como uma forma de educação ambiental. Salienta que a atividade colabora com o projeto Corredor Ecológico que está sendo desenvolvido com os moradores ribeirinhos, secretaria de Meio Ambiente de Lajeado e Ministério Público.


“Trata-se de educação ambiental; as pessoas precisam visualizar para entenderem a necessidade e a importância de ajudarem a manter [o rio] preservado”.

Lixo em exposição
Toda a matéria-prima da exposição “Lajeado e Estrela de Frente para o Rio”, que ocorre após a ação “Viva o Taquari Vivo”, provêm do rio ou de áreas de seu entorno.


O aumento do material recolhido, mesmo em um ano que não contou com eventos atípicos que pudessem aumentar a quantidade de resíduos no rio, gerou um misto de descontentamento e alegria ao vice-presidente de Responsabilidade Social da Acil, Gilberto Soares.


“Este ano, estou surpreso e preocupado com a quantidade de lixo recolhido no Rio Taquari. Apesar do aumento do volume de lixo, fico feliz pela participação e mobilização dos voluntários e empresas que nos ajudaram das mais variadas formas”, comenta Soares.


A quinta edição do “Viva o Taquari Vivo” recolheu um montante de 5,5 toneladas de lixo, entre material de construção, cerâmica, eletrônico, móveis, roupas, plástico, vidro e diversos.


Alguns itens chamaram a atenção da organização, como a quantidade de tecido, em Lajeado foram 813 kg, e pneus recolhidos, 725 kg somente em Estrela.


A mobilização social pela ação reuniu mais de 300 voluntários e aproximadamente 20 embarcações.

Mãos e olhos no lixo
Empresas da região, lideranças, entidades educacionais e personalidades preocupadas com a preservação de um dos principais rios da região, o Taquari, aumentaram a força do voluntariado e criaram um momento de integração e trabalho na manhã da ação “Viva o Taquari Vivo”.


Mais de 50 estudantes, acompanhados de pais ou professores, estiveram presentes no encontro.
Os alunos observaram os trabalhos de triagem e pesagem do lixo trazido pelas equipes de recolhimento.


Soares reforça que o papel da exposição é mostrar para quem não pode comparecer ao “Viva o Taquari Vivo” um pouco do que foi recolhido. De acordo com ele, o intuito é provocar uma reflexão quanto ao descaso com o cuidado ambiental.

Viva o Taquari Vivo 2011



Viva o Taquari Vivo 2011
Viva o Taquari Vivo:

A mobilização resultou em 4,45 toneladas a menos de lixo no Rio Taquari

Cerca de 300 pessoas participaram da quinta edição da ação Viva o Taquari Vivo, neste sábado.

TOTAL POR CATEGORIAS
Plástico: 763 quilos
Tecido: 1.189 quilos
Ferro: 217 quilos
Madeira: 1.029 quilos
Borracha: 179 quilos
Vidro: 373 quilos
Pneu: 926 quilos
Papelão: 53 quilos
Uht: 2 quilos
Brasilit: 1 quilos
Isopor: 22 quilos
Rejeito: 669 quilos
Outros: 79 quilos

Total: 5.502 quilos


LIXO RECOLHIDO

2007: 1,1 toneladas

2008: 1,1 toneladas

2009: duas toneladas

2010: quatro toneladas

2011: 4,5 toneladas

Viva o Taquari Vivo 2011




Viva o Taquari Vivo 2011
Estrela: 1048 quilos de lixo e ainda 952 quilos de pneus e restos de móveis
Lajeado: 3502 quilos de lixo

Exposição de parte do material: em Lajeado em frente à Prefeitura, em Estrela em frente a praça Menna Barreto.

Informação via E-mail: Ângela Schossler

Fotos: João André Mallmann

Oxigênio Dissolvido em Águas

Arroio Estrela - Afluente Rio Taquari-RS



Oxigênio Dissolvido em Águas

Fontes de oxigênio nas águas

O oxigênio se dissolve nas águas naturais proveniente da atmosfera, devido à diferença de pressão parcial.

Outra fonte importante de oxigênio nas águas é a fotossíntese de algas.

Este fenômeno ocorre em maior extensão em águas poluídas ou, mais propriamente, em águas eutrofizadas, ou seja, aquelas em que a decomposição dos compostos orgânicos lançados levou à liberação de sais minerais no meio, especialmente os de nitrogênio e fósforo que são utilizados como nutrientes pelas algas.

A contribuição fotossintética de oxigênio só é expressiva após grande parte da atividade bacteriana na decomposição de matéria orgânica ter ocorrido, bem como após terem se desenvolvido também os protozoários que, além de decompositores, consomem bactérias clarificando as águas e permitindo a penetração de luz.

3.2 Importância nos estudos de controle de qualidade das águas

O oxigênio dissolvido é o elemento principal no metabolismo dos microrganismos aeróbios que habitam as águas naturais ou os reatores para tratamento biológico de esgotos. Nas águas naturais, o oxigênio é indispensável também para outros seres vivos, especialmente os peixes, onde a maioria das espécies não resiste a concentrações de oxigênio dissolvido na água inferiores a 4,0 mg/L. É, portanto, um parâmetro de extrema relevância na legislação de classificação das águas naturais, bem como na composição de índices de qualidade de águas (IQAs). No IQA utilizado no Estado de São Paulo pela CETESB, a concentração de oxigênio dissolvido é um parâmetro que recebe uma das maiores ponderações.

A concentração de oxigênio dissolvido é também o parâmetro fundamental nos modelos de autodepuração natural das águas.

A determinação da concentração de oxigênio dissolvido em águas é também imprescindível para o desenvolvimento da análise da DBO, demanda bioquímica de oxigênio, que representa o potencial de matéria orgânica biodegradável nas águas naturais ou em esgotos sanitários e muitos efluentes industriais. Em última instância, este teste bioquímico empírico se baseia na diferença de concentrações de oxigênio dissolvido em amostras integrais ou diluídas, durante um período de incubação de 5 dias a 20°C. O que se “mede” de fato nesta análise é a concentração de oxigênio dissolvido antes e depois do período de incubação.

Outros aspectos:

É um dos parâmetros mais importantes de que se dispõem no campo de controle de poluição das águas. É fundamental para se verificar a manter condições aeróbicas num curso d’água que recebe material poluidor. É utilizado para controlar processos de aeração. É dado indispensável no estudo da atividade fotossintetizadora e da corrosividade da água. A solubilidade do oxigênio é função da temperatura e da atividade local.
Desvios na concentração de equilíbrio do oxigênio podem ser causados por:

Temperatura da água

Aeração da água

Processos químicos e físico-químicos, tais como oxidação bioquímica aeróbica de substâncias orgânicas, a respiração de organismos aquáticos, ou a produção de oxigênio durante os processos de fotossíntese.

Em despejos de líquidos o oxigênio dissolvido é fator que determina se as mudanças biológicas são efetuadas por organismos aeróbicos ou anaeróbicos.


O primeiro usa oxigênio livre para oxidação da matéria orgânica e inorgânica e produz produtos finais inócuos, entretanto o último (anaeróbico) se utiliza de sais inorgânicos, tais como, sulfatos e o produto final por vezes é desagradável.


Desta forma é de suma importância que condições favoráveis aos organismos aeróbicos sejam mantidas, caso contrário, os organismos anaeróbicos se desenvolverão.


Fonte: Mundo Químico

Rio Taquari - Enchente de 1941 – 70 Anos







Enchente de 1941 – 70 Anos

De tempos em tempos, o volume da precipitação pluviométrica na Bacia Taquari-Antas influencia de forma decisiva as cheias do recurso hídrico, que assolam a região di Vale do Taquari, causando inúmeros prejuízos econômicos e sociais, além do sofrimento de muitas pessoas que ficam flageladas.

Um pouco antes da emancipação política administrativa do município de Estrela-RS, em 1876, tem-se notícia de uma grande enchente ocorrida em 1873, que só não teve conseqüências maiores em função da baixa densidade demográfica, pois as margens do Rio Taquari ainda eram pouco povoadas.

Em agosto de 1911 aconteceu outra cheia que trouxe danos a população ribeirinha. E assim se sucederam as enchentes de 1912, 1919, 1924, 1928, 1929, 1941... Diversas outras preocuparam: 1956, 1959, 1966, 1982, 2001, 2007, 2009...

Mas de todas as enchentes a mais comentada até os dias de hoje, e que maiores prejuízos provocou foi a cheia do dia 12 de maio de 1941. Há 70 Anos.

Além das cidades, Vilas, povoados ribeirinhos, o maior dano foi para navegação fluvial.

A navegação do Rio Taquari ficou seriamente comprometida entre Estrela e Muçum, prejudicando o transporte de mercadorias, produtos e passageiros nos vapores e gasolinas.
O leito do Rio Taquari ficou grandemente transformado, ocasionando grandes dificuldades para navegação de barcos entre Estrela e Muçum.

As margens do Rio Taquari ficaram mais alargadas, tornando o Rio menos profundo.

Desta forma a navegação até Muçum começou a declinar, extinguindo-se totalmente com o tempo.

A enchente do Rio Taquari de 1941 aconteceu depois de 22 dias de chuva sem parar, ou seja, uma precipitação de 619 mm de água, deixando 40 mil flagelados no Rio Grande do Sul.

Texto: Airton Engster dos Santos
Fonte: Arquivo Aepan-ONG
Fotos doadas para Aepan-ONG: Pedro R. Müller

Sábado acontece o Viva o Taquari Vivo





Sábado acontece o Viva o Taquari Vivo
Defesa Civil e Acie reforçam mobilização

Para atingir as metas, a ação necessita de voluntários e barcos.

O planejamento da quinta edição da ação Viva o Taquari Vivo, que ocorre em 14 de maio, foi debatido em reunião realizada na última terça-feira, dia 05, na Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil).
O encontro foi marcado pela formalização do apoio da Coordenadoria Regional de Defesa Civil e Associação Comercial e Industrial de Estela (Acie) à mobilização.
Empresas, escolas e entidades diversas de Lajeado, Arroio do Meio, Estrela e Teutônia unem-se para esta quinta edição, que visa ser novamente um momento para a reflexão de todos que utilizam diariamente o rio e para a comunidade em geral.

A Acie foi representada pelo vice-presidente administrativo Oscar R. Hüneimeier e pelo gerente executivo, Jair Mertz.
O major Vinicius Renner Galvani, coordenador regional da Defesa Civil, mostra-se motivado para participar do evento e divulgá-lo para as dezenas de municípios que compõe a regional.
Comenta que o evento é uma “oportunidade para estimular as diferentes defesas civis a interagirem com a sociedade e trabalhar de forma integrada para prevenção de eventos naturais”.
A participação de ambas as entidades representa um reforço no contato mais direto com a realidade do rio, tanto por parte das empresas da população dos municípios que aderem à ação.

Para diretora do colégio Cenecista João Batista de Mello, Graziela Lorencet, a conscientização da população, ainda enquanto estudantes, é decisiva para que a preocupação ambiental seja inserida nas práticas diárias futuras.
“Nós participamos desde a primeira edição. Inicialmente, apenas com os professores e depois com atividades voltadas para os alunos. A mostra Espelhos é um exemplo de atividade que induz os alunos a reflexão”, explica.
A ação também ganhou a adesão e divulgação dos setores de Comunicação e Meio Ambiente da Cooperativa Certel.

O trabalho de limpeza do rio começa às 7h30min do dia 14 de maio e estende-se até o meio dia.
Para uma ação mais eficiente, a organização do evento convida os participantes dos clubes náuticos interessados em ajudar na limpeza do rio a comparecerem com suas embarcações nos locais do evento.
Em Lajeado, as equipes irão se concentrar no Porto dos Bruda.

Já em Estrela, o ponto de encontro é a Associação Ecológica de Canoagem (Aeca).
Confirmações e informações com a coordenadora da UPV, Cinara Girotto no pelo fone 3011-6900 ou parceirosvoluntarios@acilajeado.org.br.

Comitê Taquari-Antas - Plano da Bacia é tema central de reunião



Comitê Taquari-Antas - Plano da Bacia é tema central de reunião

O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas realizou reunião plenária na última sexta-feira (29/04), na Univates, em Lajeado.


Os presentes debateram vários assuntos, com destaque para o Plano da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, lançado para a imprensa e comunidade no mês de abril.


Além de trocar ideias sobre situações que dizem respeito ao projeto, os presentes foram mobilizados a desde já se envolverem no processo de participação e articulação para as audiências públicas, as quais vão buscar a opinião da sociedade sobre a classificação das águas e os seus usos possíveis.


“Essa é uma tarefa intransferível. Cabe a cada um de nós a responsabilidade de motivar e chamar a população para essa importante etapa do trabalho”, destacou o presidente, Daniel Schmitz.


O Comitê tem na sua composição 50 representantes, sendo 20 representantes de entidades usuárias da água e 20 representantes da população (em geral).


São pessoas que atuam em órgãos que representam categorias como Corsan, prefeituras, geradores de energia (cooperativas), navegação, sindicatos, câmaras de vereadores, universidades e associações representantes da sociedade civil organizada.


As datas e locais das audiências públicas serão definidas a partir do calendário estabelecido no cronograma do Plano de Bacia.


Entre as estratégias adotadas para divulgar o plano e as demais ações do Comitê estão os canais de comunicação.


A contratação de um assessor de imprensa e a reformulação do site são investimentos que visam reforçar a comunicação, tanto entre os membros do Comitê, quanto com a população de mais de um milhão de habitantes dos 119 municípios que fazem parte da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas.


Livro
O presidente Daniel Schmitz aproveitou a reunião para apresentar a escritora que se dedica à reedição do livro sobre a história da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas.
Ana Cecília Togni é responsável pela atualização da obra que foi escrita em 1999 por Gino Ferri.
O lançamento está previsto para junho de 2012. Escolas e outras entidades ou pessoas interessadas terão acesso aos 2,5 mil exemplares da obra que serão distribuídos gratuitamente.

O evento contou com as presenças do Presidente do STR de Estrela, Sr. Lécio Gregory, membros da Sala Verde de Estrela e Da Secretária do Meio Ambiente de Estrela Sra. Ângela Maria Schossler.