Comitê dá sequência à discussão sobre Plano da Bacia Taquari-Antas



Recursos hídricos
Comitê dá sequência à discussão sobre Plano da Bacia Taquari-Antas

Cerca de 50 membros do Comitê de Gerenciamento da Bacia HidrográficaTaquari-Antas, formados por representantes dos usuários da água e da população, reuniram-se sexta-feira, 27 de abril, para debater e delinear ações do Plano da Bacia Taquari-Antas. A atividade ocorreu no auditório do Prédio 3 do Centro Universitário Univates, em Lajeado. As consultas públicas realizadas em março e abril em Lajeado, Guaporé, Bento Gonçalves, Vacaria e Caxias do Sul foram comentadas pelos presentes. Entre as observações apontadas esteve a participação aquém da expectativa da sociedade nas expressivas regiões de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, tendo em vista os 118 municípios integrantes da Bacia e que somam mais de um milhão de pessoas. Os cinco encontros somaram cerca de mil pessoas, as quais manifestaram suas intenções de usos futuros da água. “Um dos fatores que podem explicar o modesto engajamento foi a falta de representatividade de entidades e órgãos, os quais não mobilizaram seus segmentos representados”, destacou o presidente do Comitê Taquari-Antas, Daniel Schmitz. Como aspecto positivo, ele salientou a colaboração dos veículos de comunicação de diversas regiões do Estado na divulgação e cobertura das consultas públicas.

As intenções da sociedade estão sendo apuradas e, em breve, serão divulgados os resultados. A partir desses apontamentos, serão definidas as classes de qualidade da água necessárias para atender os usos requisitados e quais serão as medidas para que isso aconteça. Com esse processo, será concluída a etapa B - cenários futuros e enquadramento das águas - do Plano da Bacia Taquari-Antas. O prazo para o Comitê concluir essa fase é outubro desse ano. Porém, diretoria e membros querem postergar o limite para dezembro, para avaliar com mais rigor as decisões que precisam ser tomadas. O pedido será encaminhado ao Governo do Estado. Esse foi um dos assuntos do cronograma de atividades do Comitê discutido na reunião em Lajeado. O próximo encontro do Comitê está marcado para o dia 25 de maio, na Câmara de Vereadores de Triunfo.

Outro tema abordado diz respeito à vazão de referência das águas dos rios, explicada pelo consultor e professor Antonio Eduardo Leão Lanna, da Serviços Técnicos de Engenharia S.A. (STE). Serão simulados três fatores de situações críticas de vazão das águas, a partir de histórico de monitoramento quantitativo da bacia, tendo em vista a qualidade atual das águas nos 32 trechos de subacias do Taquari-Antas. Essas informações serão apresentadas para os membros do Comitê, para que com maior embasamento possam decidir o índice padrão a ser adotado e que irá nortear as outorgas e licenças ambientais.

Mapas

A parte da tarde foi preenchida com atividade prática de planejamento. A exemplo da sistemática das consultas públicas, as categorias representadas no Comitê expressaram em mapas os seus desejos de usos da água na Bacia. Eles foram divididos em conjunto de usuários da água, representantes da população e do Governo, tendo como tarefa também justificar suas ideias. O resultado da atividade serve de apoio ao processo de consultas públicas, com o objetivo de compatibilizar os usos sugeridos.

Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas - ATA 02-2012



ATA 02/2012
Aos vinte e quatro dias do mês de fevereiro de dois mil e doze, às nove horas e trinta minutos, no Auditório Itália, no Centro Administrativo, em Encantado, reuniu-se, em reunião ordinária, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas, com 20 (vinte) membros titulares, 4 (quatro) membros suplentes em posição de titular e 10 (dez) membros suplentes, além de convidados e ouvintes, conforme segue: GRUPO I – USUÁRIOS DA ÁGUA - Categoria: Abastecimento Público: SAMAE Caxias do Sul – Tiago de Vargas; SAMAE  - Caxias do Sul – Gilberto de Oliveira Ramos; Prefeitura Municipal de Taquari – Irineu Emílio Atikinson; União Encantadense de Socidades da Água – UESA – Marciano Gabirotti. Categoria: Esgotamento Sanitário, Drenagem, Gestão Urbana e Ambiental: SAMAE – Caxias do Sul – Renivo Girardi; Prefeitura Municipal de Marau – Denize Maria Borella; CORSAN - Companhia Riograndense de Saneamento - Farroupilha- Gelso Molon; Prefeitura Municipal de Estrela – Ângela Schossler; Prefeitura Municipal de Farroupilha – Vladimir Gasparin; Prefeitura Municipal de Lajeado – Simone Beatris Schneider.  Categoria: Geração de Energia: Cooperativa Regional de Desenvolvimento Teutônia Ltda – CERTEL - Julio Cesar Salecker; Vêneto Energética S/A – Karim Weber de Freitas; Companhia Energética Rio das Antas  - Maria Angela Damian. Categoria: Produção Rural: Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lajeado – Lauro Baum;  Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Encantado – Gilberto Zanatta; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Estrela – Lécio Antônio Gregory. Categoria: Indústria:  SICEPOT – Maicon Roberto Rizzon, CIC Garibaldi – Giovani Dresch. Categoria Navegação e Mineração: SMARJA – Nestor Halmenschlager. Categoria: Esporte, Lazer E Turismo: não houve representação. GRUPO II – REPRESENTANTES DA POPULAÇÃO - Categoria: Legislativos Municipais: Câmara Municipal de Vereadores de Garibaldi – Jorge Alberton; Câmara Municipal de Vereadores de Guaporé – Ademir Damo; Câmara Municipal de Vereadores de  Taquari – Jairo Guaragni. Categoria: Associações Comunitárias e Clubes de Serviços Comunitários: Rotary Club de Taquari – Elisabeth Lisboa Souza; Associação dos Ex-Bolsistas da Alemanha – Ênio Costa Hausen. Categoria: Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão: Universidade de Caxias do Sul – UCS - Daniel Schmitz; Faculdade de Tecnologia La Salle – Tamara Bianca Horn EMATER – Wilson Bossle; Univates – Everaldo Ferreira; IFRS Campus Bento Gonçalves – Rodrigo O Câmara Monteiro. Categoria: Organizações Ambientais: Associação Ecológica Vida e meio Ambiente - VIME – Ana Maria Postal. Categoria: Associações de Profissionais: não houve representação. Categoria: Organizações Sindicais: não houve representação. III – GRUPO DOS REPRESENTANTES DO GOVERNO ESTADUAL E FEDERAL: Secretaria de Estado de Meio Ambiente – Tiago Brasil Loch e Daniel Vilasboas Slomp; Secretaria de Estado da Educação – Regiane Mallmann. IV – GRUPO ESPECIAL - METROPLAN – Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional - Shirley Nielsen. Justificaram antecipadamente sua falta os seguintes membros:  Mary Simone de Vargas Rosa – Prefeitura Municipal de Triunfo;  Maristela Sarzi de Almeida – Prefeitura Municipal de Triunfo; Raimundo Bampi – Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caxias do Sul; Margarete Bender – CIC Caxias do Sul; ATUASERRA – Beatris Paulus e Juliano Rodrigues Gimenez - ABES/RS.  A referida reunião ocorre conforme convocação em circular externa n°02/2012, de 10 de fevereiro do corrente. 1) Leitura e Aprovação da Ata 10/11:  Inicialmente o Presidente Daniel Schmitz, agradeceu a Prefeitura de Encantado, a qual cedeu o local e recursos necessários para a realização da reunião, agradeceu também a presença dos membros que se empenham em comparecer as reuniões mensais, citou ainda a presença do senhor Major Álvaro Medeiros da Brigada Militar; do senhor André Boeri, Secretário de Agricultura de Encantado; do senhor Paulo Rodrigues, EMATER Regional; do senhor Júlio Medeiros, CIC de Encantado e da imprensa em geral, que  tem dado apoio fundamental na divulgação das atividades e debates realizados pelo Comitê. Na sequência a ata foi aprovada após alterações de texto e inclusão do senhor Renivo Girardi na relação dos membros presentes, com 23 votos a favor e 2 abstenções. 2) Apresentação e Deliberação acerca do Diagnóstico Ambiental da Bacia Taquari-Antas: diretrizes regionais para o licenciamento ambiental das hidrelétricas, efetivado pela FEPAM em 2001: o senhor presidente, Daniel Schmitz - UCS, explicou que este assunto foi  sugerido pela CPA para ser pauta na reunião ordinária do Comitê, conforme consta no ofício 05/2012. A referida Comissão sugere a pauta após ter se reunido no dia 07/02/2012, onde o tema principal foi a geração de energia. O início do processo de construção do documento do Diagnóstico Ambiental da Bacia se dá pela Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, que fez avaliações do potencial hidroelétrico da Bacia e determinou que havia, no início dos anos 90, 70 possíveis pontos para empreendimentos hidroelétricos. Após, a FEPAM busca o referido relatório, amplia e reavalia os pontos citados, criando assim o Diagnóstico Ambiental, em 2001. Tal relatório foi apresentado pela FEPAM ao Comitê, que até então, não havia deliberado sobre o tema. Os 56 possíveis pontos para empreendimentos hidroelétricos identificados no relatório e as informações adicionais são usadas para balizar as liberações dos empreendimentos. Atualmente, está sendo feito um novo estudo pela FEPAM, mas que não está pronto e por isso não pode ser considerado como diagnóstico. Referente ao reestudo, o senhor Daniel disse que as informações contidas nele poderão fazer parte do Plano de Bacia, após apresentação, avaliação e aprovação da plenária. A senhora Ana Postal-VIME, contribuiu dizendo que deveríamos ter um estudo com dados mais atualizados, pois a veracidade das informações está comprometida, em resposta o senhor Daniel Schmitz, disse que não temos essas informações mais atualizadas e que a plenária terá que considerar o que existe até então. Iniciando a apresentação o senhor Daniel Schmitz explicou que este diagnóstico possui diretrizes para liberação e construção das hidroelétricas e surgiu como norteador no avanço desses projetos, neste contexto os Comitês de Bacias eram consultados sobre a viabilidade desses empreendimentos, a partir disto tornou-se um processo pioneiro no Brasil e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) fez deste, o modelo padrão para o país, como exemplo na Gestão Regional de Empreendimentos. Os objetivos da elaboração deste estudo é identificar as características da Bacia, indicando os pontos em que sofreria maior degradação com a construção das usinas e propor medidas para minimizar ou compensar os impactos ambientais identificados. O diagnóstico Ambiental, ocorreu em etapas, o processo de levantamento de dados existentes e seleção dos critérios ambientais são muito importantes, pois identificaram quais variáveis seriam consideradas mais suscetíveis aos impactos diretos da implantação dos empreendimentos. A identificação de áreas críticas, onde estabeleceu áreas mais frágeis em relação aos impactos mais significativos decorrentes das hidroelétricas, que são ecossistemas terrestres e a ictiofauna; foram realizadas avaliações no habitat aquático, para identificar as perdas diretas e indiretas que este ecossistema terá devido a redução da extensão do rio, após foi elaborado um Mapa Síntese de Criticidade Ambiental da Bacia, onde estão configuradas as áreas de maior criticidade e, portanto, as mais inadequadas para implantação dos empreendimentos, e por último foi realizada a identificação do potencial de impacto das UHEs que podem ser classificadas como de baixo impacto, médio impacto e alto impacto. Após, foram apresentados o resultado dos estudos e pesquisa sobre a implantação de hidroelétricas e os impactos que podem causar aos diversos ecossistemas existentes na região da Bacia. Para que aconteça o licenciamento ambiental destes empreendimentos, existem diversas diretrizes que orientam o processo, referem-se entre outros, à proteção, a conservação, a recomposição, o monitoramento dos habitats do reservatório que sofrem degradação em função da atividade que será realizada no local. As diretrizes para a conservação da qualidade ambiental da bacia também visam proteger a biota aquática e terrestre e promover a qualidade da água, a manutenção dos usos antrópicos, a reserva da biosfera da Mata Atlântica. O senhor presidente, disse ainda que a decisão acerca do uso deste diagnóstico como o indicado pelo Comitê será, posteriormente, encaminhado ao Conselho de Recursos Hídricos, para servir de base às outorgas dos empreendimentos. Aberto espaço para manifestações, a senhora Ana Postal – VIME, disse que teria de haver um estudo complementar sobre situação atual dos rios, para analisar se ainda possuem capacidade de produção energia elétrica, tendo em vista que desde a elaboração do estudo até agora, os rios podem ter sofrido alguma alteração, comprometendo assim a continuidade dos empreendimentos. Em resposta, o senhor Daniel Schmitz disse que o diagnóstico do Plano de Bacia sobre este tema está pronto, sobre a atualização dos dados ambientais não compete ao Comitê, porém se necessário, pode ser sugerido que sejam revistos ou monitorados. O senhor Júlio Salecker – CERTEL, complementou dizendo que o estudo realizado pela FEPAM, levou em consideração a área que abrange o rio Guaporé em direção as suas nascentes, a parte baixa não foi estudado, pois não possuía o inventário hidroelétrico do trecho. Sobre a situação do rios, o mesmo disse que o inventário construído pela CEEE em 1993 considerou diversas características necessárias para a implementação de hidroelétricas e dificilmente estas características se alteram, salvo em casos extremos. O senhor Gilberto Zanatta – STR Encantado, disse que apresentação foi realizada e o estudo está concluído, possibilitando que todos tenham uma base sobre o assunto e não se baseiem em questões possíveis, disse ainda que o Comitê deveria se manifestar mais sobre este assunto. Na sequência, o senhor Wilson Bossle – EMATER, disse que pelo fato deste estudo ser muito extenso, é necessário estabelecer as partes que interessam a todos, para evitar conflitos de interesses, deve-se levar em consideração o que é melhor para a sociedade e a partir disto o Comitê deliberar sobre o assunto. O senhor Daniel comentou sobre a importância deliberação deste estudo nesta reunião, para que no Plano de Bacia já esteja informado este documento, que delimita a construção de hidroelétricas. O senhor Júlio Medeiros - ACI de Encantado,  contribuiu dizendo que este diagnóstico é um assunto muito importante, sugeriu que poderia ser aprovado em outra ocasião, para que os membros pudessem ter maior conhecimento sobre o assunto e poder deliberar a respeito. Em resposta, o senhor Daniel disse que este documento está disponível desde 2001 para conhecimento e que não há tempo hábil para esperar um novo estudo e importá-lo para dentro do Plano de Bacia Taquari-Antas. Destacou ainda, a importância de ter no referido Plano este estudo, que regula as concessões dos empreendimentos hidroelétricos. O senhor Tiago – DRH, explicou que o processo de liberação de empreendimentos só chegam na fase de outorgas após concedida a licença pelo órgão ambiental, sendo assim, a FEPAM através deste estudo libera os licenciamentos, que por sua vez chegam na fase de outorga e são ratificados pelo DRH. O senhor Everaldo – UNIVATES, complementou dizendo que teve a oportunidade de acompanhar a elaboração do documento, lendo e avaliando-o tecnicamente, concordou com a importância de aprovar este estudo, mesmo tendo algumas divergências, pois é balizador para as liberações e ainda contribuirá para que as concessões não aumentem. Colocado em votação o estudo realizado pela FEPAM em 2001, para ser balizador dos licenciamentos ambientais, do diagnóstico do Plano de Bacia Taquari-Antas e definição de outorgas de empreendimentos hidroelétricos. Foi aprovado com 22 (vinte e dois) votos a favor da aprovação e 1 (uma) abstenção. 3) Apresentação do Prognóstico e Balanço Hídrico do Plano da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas: o senhor Augusto - STEexplicou que a Etapa A encerra nesta data com a apresentação do Relatório Técnico III , após, será desenvolvida a etapa B que serão as Consultas Públicas de Enquadramento. A referida apresentação é a complementação do Relatório Técnico II, onde basicamente trata dos resultados obtidos através do monitoramento da qualidade da água, disponibilidade e demanda hídrica, prognóstico das demandas de água e balanço hídrico. O senhor Lauro - STE , exibiu os pontos onde foram realizados os monitoramentos, que são os da FEPAM, CERAN, CERTEL, SAMAE, os sugeridos pelo Plano de Bacia, e, ao final, foram incorporados 18 novos pontos da rede da CORSAN. Através destes estudos, pode-se definir que os principais elementos que  que contribuem para a baixa qualidade da água são o fósforo, DBO, coliformes e em alguns pontos, o oxigênio dissolvido. Dentre todos, o fósforo é o elemento mais presente em termos de possibilidade, pois é proveniente de diversas atividades no dia a dia; outro elemento encontrado e que não faz parte da resolução do CONAMA, é o DQO, a presença desta substância dentro do corpo hídrico está associado principalmente a atividade industrial, conforme explicado. Esta informação foi obtida através do monitoramento dos pontos nas sub-bacias que apresentam maior processo industrial e apontaram também maior concentração de DQO. Apresentou ainda, o mapa dos usos múltiplos e a classificação atual da qualidade da água das sub-bacias segundo Resolução do CONAMA. Os dados sobre a disponibilidade hídrica, foi determinada através dos pontos de monitoramento das estações fluviométricas que estão distribuídas ao longo de toda bacia do Taquari-Antas, esta foi dividida em 32 sub-bacias, onde todas tiveram de passar pelo processo de regionalização de vazões médias diárias decorrentes do monitoramento, após foi possível chegar aos parâmetros estatísticos e identificar a probabilidade  de cada vazão no período de análise, onde foram apontados quatro parâmetros: as vazões médias, vazões com 95% de probabilidade de ocorrência de serem superadas,  vazões com 90% de probabilidade ocorrência de serem superadas e vazões com 85% de probabilidade ocorrência de serem superadas, foi também comparado com o parâmetro utilizado pela FEPAM. Juntamente com este estudo, foi possível a identificação por imagem de satélite de 2.122 açudes dentro da Bacia, ressaltou a dificuldade de obter dados, tendo em vista, que apenas 29 açudes possuem outorga junto a FEPAM, foi realizado uma análise da possibilidade de profundidade dos açudes, para que atendessem a demanda para as diversas atividades na Bacia. O estudo apontou que a profundidade média necessária é de 1,2 metros em cada açude, isso significa um potencial de 127 pontos de água que atenderiam as 23 mil hectares de área irrigada. Já o Balanço hídrico foi construído através do cruzamento dos dados de cada sub-bacia, ou seja, as disponibilidades e demandas hídricas. Explicou que existe um fator chamado ICH (Índice de Comprometimento Hídrico) da região, este foi calculado conforme a demanda da indústria, abastecimento público, agricultura, fornecimento urbano e rural entre outros; para melhor entendimento foram organizados em cinco classes: comprometimento muito baixo, baixo, médio, elevado e crítico, onde pode-se identificar que atualmente as sub-bacias de cabeceira possuem maior comprometimento hídrico devido a atividades industriais, falta de saneamento, irrigação, pecuária entre outros. Através do estudo de Balanço Hídrico, verificou-se que o ICH atinge nível crítico de comprometimento no mês de janeiro onde aumenta a demanda, porém é período de maior estiagem. Também foram conhecidas as sub-bacias que mais enfrentam o problema na sua disponibilidade hídrica: Baixo Taquari, Rio Tega, Rio Taquari-Mirim, Arroio Castelhano, Arroio Sampaio/Estrela. Dentro destas, foram analisadas ainda a vazão de referência, que apontou a quantidade hídrica necessária para suprir toda a demanda existente nessas regiões nos meses de janeiro à março, onde destacou que quanto maior a vazão de referência, maior também será a probabilidade de não ter água disponível. O prognóstico dos usos da água apresentado pelo senhor Antônio Lanna – STE, onde o cenário aplicado ao Plano de Bacia foi o utilizado pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos, tendo em vista, a necessidade de realização de um comparativo de um cenário da Bacia com o cenário do Rio Grande do Sul, Brasil e Mundo. Dentro deste cenário foram apresentados quadros comparativos sobre três temas: Abastecimento, onde foram consideradas os percentuais de demandas considerando o aumento da população e indústrias juntamente foram analisadas a demanda hídrica animal, sendo que no Rio Grande do Sul chega a 85 Lit./dia, no Brasil 65 Lit./dia e no Mundo 45  Lit./dia. Na sequência, a Irrigação também foi analisada o percentual de tendência de variação nas áreas plantadas, usando o exemplo do cultivo de arroz e outras culturas. Sobre a geração de energia, foram indicados a quantidade percentual de poluentes lançados no meio hídrico, sejam eles, provenientes de esgotamento sanitário, efluentes industriais e animais. Após foram apresentados os mapas onde indicam o ICH para o ano de 2030 nos três cenários, que por sua vez apresentam maior índice nas sub-bacias de cabeceiras, variando suas demandas para o cultivo de batatas, arroz e irrigação. Na seqüência, foi apresentado o prognóstico da hidroeletricidade, onde se pode ter conhecimento das hidroelétricas já existentes e das que manifestaram intenção de uso. Conforme apontado pelo relatório, estes empreendimentos tendem a ter uma diminuição de crescimento, pois futuramente enfrentarão maiores restrições dos órgãos ambientais. Na sequência, foi apresentado o Prognóstico da Conservação da Biodiversidade, onde foram citados diversos documentos que foram utilizados e que serão fundamentais na próxima fase onde serão discutidos o enquadramento e as demandas da qualidade da água, compartilhando com todos estes estudo e propostas que estão sendo apresentadas, ainda foi apresentado o mapa indicativo das unidades de conservação, onde foram apresentados os balizamentos para confrontar com a proposta de enquadramento que será elaborado a partir de agora. Após a apresentação, deu-se início aos debates, o senhor Lécio Gregory – STR Estrela contestou o dado de 85 litros de água gastos por cabeça de suíno, dizendo que este valor muito alto e que os dados fornecidos pela EMBRAPA são menores, sugeriu que fossem revistos, pois há a possibilidade do dado correto ser 8,5 litros por cabeça de suíno. O senhor Gilberto Zanatta – STR Encantado ratificou o que já havia sido dito pelo senhor Lécio, explicou que os gastos com a água são mínimos para a evacuação dos dejetos e tratamentos em geral, a limpeza das instalações não é mais realizada. Sugeriu que fossem revistos os dados fornecidos pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH), o senhor Augusto – STE, respondeu que conforme disponibilizado no site do PERH, não consta as informações que levaram a este resultado. O senhor Lanna - STE sugeriu que este assunto fosse levado à Comissão de Acompanhamento onde os dados atuais seriam apresentados, e posteriormente decididos e aprovados pela comissão. O senhor Tiago - DRH, disse que para as questões referentes ao Plano, são usados somente dados oficiais, como o do PERH. A senhora Cláudia - STE sugeriu que a comissão encaminhe uma memória de cálculo para alterar o dado de demanda hídrica para o tratamento de suínos. Conforme informado pela mesma, foi solicitada ao PERH a memória de cálculo, porém não foi recebido. O senhor Gilberto e Lécio - STR ressaltaram a importância do dado estar correto, pois este implicará no aumento de valor na cobrança pelo uso da água na pecuária. O senhor Júlio - Certel, disse que atualmente os dados apresentados pelo PERH não estão aprovados. O senhor Lanna sugeriu que o Departamento de Recursos Hídricos (DRH) realizasse o cadastramento de açudes nas áreas mais críticas, pois isto proporcionaria ter os dados de cada um para ter o monitoramento real das águas. O senhor Daniel Vilasboas - SEMA, ainda sobre a questão dos açudes, disse que os licenciamentos destes, em algumas regiões, são realizados pelos próprios municípios e não pelo Estado, porém a maioria ainda não possui cadastro. O senhor Augusto - STE, disse que no Relatório Técnico III existe um comentário sobre a questão da suinocultura, onde considera este valor para animais em fase de lactação. A senhora Cláudia - STE, disse que o fato do Plano ter um dado aparentemente destorcido, não quer dizer que não tenha credibilidade, ressaltou ainda que em outras regiões estes estudos são realizados em condições muito piores. Irão rever o número da suinocultura, após a solicitação encaminhada pela categoria para que os encaminhamentos sejam feitos no âmbito do RS. Referente aos apontamentos feitos pelos membros, disse que existem no Relatório 40 páginas destinadas especificamente aos comentários mapeados, servindo assim de retorno, do que foi incorporado ao Relatório. Por último, será agendada uma reunião da Comissão de acompanhamento para tratar sobre a questão dos dados dos suínos. 4) Metodologia das Consulta Públicas: a senhora Cláudia – STE, explicou que a Comissão de Acompanhamento tentou se reunir na semana anterior a esta reunião para debater sobre as consultas, porém não foi possível. Sobre o cronograma das consultas públicas, disse que existe uma proposição, porém, esta terá de ser aprovada pela Comissão Acompanhamento, primeiramente explicou que a consulta é a aberta a toda comunidade, no entanto, sugeriu que fosse realizado um cadastro das pessoas na entrada e um cadastro de habilitação para votar, para isto será levado em consideração os mesmos critérios usados na votação eleitoral (idade mínima, documentação e etc.). Outro ponto importante é da presença de representantes do Estado, é necessário fazer uma apresentação do conteúdo a ser votado de forma clara para as pessoas compreenderem o processo, após dar oportunidade para se manifestarem sobre suas dúvidas ou colocações, depois dos devidos esclarecimentos, o público estará apto a realizar suas intenções de uso. As intenções, serão realizadas com um grande mapa onde estarão detalhadas as sub-bacias e a hidrografia, e a população por sua vez, poderá colar as etiquetas com o os usos desejados no mapa, serão possíveis no máximo cinco etiquetas por pessoa para a votação. Para cada consulta pública será confeccionado um mapa para colagem das etiquetas, posteriormente serão todos fotografados, recolhidas as etiquetas e processados os votos. A senhora Cláudia - STE sugeriu que posteriormente a realização das consultas públicas, as categorias tivessem a oportunidade de fazerem o seu mapa, formando um conjunto de usos que entendam como apropriado. Após o término da explanação, foi aberto espaço para debates. A senhora Ana Postal – VIME salientou a importância das informações serem passadas da maneira mais clara, não colocar na apresentação temas que a população terá dificuldade de compreender. O senhor Wilson Bossle – EMATER manifestou apoio à ideia de fazer mapas para as comissões separadamente. Ainda sobre as consultas, a senhor a Cláudia informou que os eleitores poderão votar em qualquer uso e até mesmo podem repetir, também, poderão indicar os usos desejados em qualquer lugar da bacia, independente de onde residirem. O senhor Daniel questionou junto à plenária quantos usos os eleitores poderiam votar, conforme consenso que será levado a Comissão de Acompanhamento, a sugestão foi de cinco votos. Após encerrado os esclarecimentos, agradeceu aos técnicos da empresa STE pelo esforço e dedicação em realizar os Relatórios. A reunião no mês de março provavelmente não acontecerá devido ao processo de Consulta Pública que se estenderá durante o mês, a data da próxima reunião será posteriormente avisada pela Secretaria Executiva. Nada mais havendo a constar, lavro a presente ata, que será apresentada para aprovação na próxima reunião a ser definido.

Lajeado, 24 de fevereiro de 2012. 

Daniel Schmitz                                                           
Presidente                                                             


Cíntia Agostini
Secretária Executiva


Cacis e Acil organizam mais uma edição da ação Viva o Taquari Vivo



A Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Estrela (Cacis), juntamente com a Parceiros Voluntários de Lajeado e a Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), organiza mais uma edição da ação “Viva o Taquari Vivo”. 

O evento acontece no dia 05 de maio, das 7h30 às 12h, tendo como pontos iniciais o Parque Municipal da Lagoa, em Estrela e o Porto dos Burder, em Lajeado. 
Todas as organizações e seus colaboradores estão convidados a participarem desta ação voluntária. 
Segundo informações dos organizadores, cada participante terá liberdade para optar pela melhor forma de se integrar à atividade, cabendo a cada um a livre escolha do local, sendo na margem ou embarcado. 
Independente da opção, o participante assume o compromisso de adotar todos os cuidados necessários para sua segurança e integridade pessoal e dos demais integrantes do evento, utilizando-se de equipamentos de proteção individual requeridos para essa espécie de tarefa, dentre os quais, exemplifica-se, o uso de luvas e tênis. 
O participante que fizer uso de barco ou similar deverá possuir os devidos licenciamentos, bem como os equipamentos necessários e suficientes à segurança própria, da tripulação e dos passageiros que embarcar. 
Na última edição, em 2011, foram mobilizados 350 voluntários, 30 embarcações e 80 organizações públicas e privadas da região, sendo recolhidos 5502 quilos de resíduos no rio Taquari. 
Os interessados em participar da 6ª edição, como voluntários, poderão entrar em contato com a CACIS, pelo fone 3712-1088 ou email acie.estrela@aciestrela.com.br. 

Texto: Meire Brod

Aepan-ONG Completa 20 Anos



 Aepan-ONG + 20

Aepan-ONG Histórico: A Aepan - Associação Estrelense de Proteção ao Ambiente Natural - fundada em 24 de abril de 1992, pelo saudoso, bioquímico, farmacêutico e professor Hélio Porto Souza.


A Aepan é uma entidade que atua na defesa do meio ambiente, micro e macro regional, buscando orientar a comunidade em geral para ações preventivas, estimulando o desenvolvimento sustentável.

Missão e objetivos da Aepan: “A Aepan tem compromisso com uma sociedade justa, fraterna e solidária, onde o cidadão tenha o mínimo indispensável para viver como ser humano e com o desenvolvimento sustentável.”


A entidade tem como objetivos principais promover a defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos; promover ações com objetivos de preservar o ambiente natural, bem como um conjunto articulado de ações para recuperar da fauna, flora e rios que necessitam de uma política de preservação.


A Sede atual da Aepan-ONG está situada no antigo laboratório da AMBEV na Rua Pinheiro Machado em Estrela-RS.

Atualmente a Aepan trabalha em dois projetos principais, um ambiental e outro cultural, "Monitoramento do Rio Taquari" e o "Memorial Dr. Lauro Reinaldo Müller" que tem por objeto preservar a Memória de Estrela-RS e Vale do Taquari.

Diretores responsáveis são Jorge Scherer e Airton Engster dos Santos.

Comitê Taquari-Antas terá reunião ordinária


Caros membros do Comitê, no dia 27/04, a partir das 9h30min teremos nossa reunião ordinária na Univates em Lajeado, com a pauta que previamente foi enviada a todos.

A tarde, a partir das 14 horas, teremos a construção dos mapas de usos dos recursos hídricos, por parte das categorias do Comitê Taquari-Antas.

Nestes mapas, os usuários e representantes da população e Estado farão suas compatibilizações de usos de forma justificada. 

Assim, solicitamos a todos que convidem, não somente os membros titulares e suplentes das suas categorias, mas também os usuários em geral, para participarem do processo.

Cada categoria receberá um mapa específico e etiquetas de usos, farão sua compatibilização e colocarão suas vontades ao longo da bacia. Todos os "votos" deverão ser justificados, buscando assim a qualificação das informações. 

Essas informações irão, tanto quanto os resultados das consultas públicas, subsidiar as avaliações da Consultora e os encaminhamentos do enquadramento da Bacia, no Comitê Taquari-Antas.

Agradecemos e pedimos para todos estarem programados.

Atenciosamente

-- Cíntia Agostini Secretária Executiva

Rio Taquari para Sempre - Uma Campanha Aepan-ONG






Fotos - Aepan-ONG Estrela-RS
Ambientalistas estudam o Rio Taquari

Viva o Taquari Vivo 2012



Em 5 edições, mais e 14 toneladas de lixos foram retiradas do Taquari 


A Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Câmara de Comércio Indústria e Serviços de Estrela (Cacis) e Unidade da Parceiros Voluntários (UPV) Lajeado, com apoio técnico da Univates e secretarias do Meio Ambiente de Lajeado e Estrela, convidam a comunidade a participar da 6ª edição da ação “Viva o Taquari Vivo”. 
A mobilização acontece no dia 05 de maio com início às 07h30min no porto dos Bruder, em Lajeado, e em Estrela no Parque Municipal da Lagoa, estendendo-se até ao meio-dia. 

Na última edição, em 2011, foram mobilizados 350 voluntários, 30 embarcações e 80 organizações públicas e privadas da região, sendo recolhidos 5502 quilos de resíduos no rio Taquari. 

No total, das cinco edições, foram retirados do rio 14.068 quilos de lixo. Os principais materiais recolhidos foram plásticos, tecidos, ferro, madeira, borracha, vidro, pneu, papelão, UHT, brasilit, isopor, rejeito e outros tipos de resíduos. 

Barcos 

A comissão espera contar com o maior número possível de embarcações que possam transportar os voluntários para que a ação atinja a meta de recolher os resíduos ao longo das margens, no trajeto entre a foz dos arroios Boa Vista e Estrela, numa distância aproximada de 4,5 quilômetros. 

Ação em números 

Dados obtidos nas edições anteriores mostram o aumento do volume de resíduos retirados do leito e barrancas do rio Taquari. 
Na primeira edição, realizada em 2007, foram recolhidos 1106 quilos de resíduos. 
Na segunda ação, em 2008, houve aumento de 183 quilos, totalizando 1289. 
Já na edição de 2009, o aumento foi de 790 quilos, ou 61%, atingindo 2080 quilos. 
Em 2010, aproximadamente 300 voluntários e 83 empresas recolheram 4091 quilos de lixo. 

Interessados em aderir a essa mobilização voluntária devem entrar em contato com a coordenadora da UPV, Gilmara Scapini, pelo fone 3011-6900 ou email parceirosvoluntarios@acilajeado.org.br. 

Fonte: Assessoria de Imprensa da Acil

Plano da Bacia Taquari-Antas - Última consulta pública na Serra Gaúcha




Plano da Bacia Taquari-Antas
Última consulta pública registra os desejos da Serra Gaúcha

A cidade de Caxias do Sul sediou nesta quinta-feira, dia 12 de abril, a última das cinco consultas públicas do Plano da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas. A atividade ocorreu no auditório do Bloco J da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Cerca de 130 pessoas apontaram seus desejos de usos e qualidade das águas nos rios da Bacia que abrange 118 municípios do Rio Grande do Sul. E uma das intenções mais votadas pela população da Serra refere-se ao uso dos recursos hídricos para abastecimento público. “Esse comportamento demonstra uma preocupação da população, tendo em vista a densidade populacional dessa região e a escassez e limitações de mananciais hídricos para abastecimento”, avaliou o presidente do Comitê da Bacia Taquari-Antas, Daniel Schmitz.
A votação ocorreu após apresentações sobre a realidade atual dos rios. Num grande mapa da Bacia cada pessoa pode colar até cinco etiquetas sobre os trechos de rios, e assim definir usos múltiplos desejados, tais como abastecimento humano e animal, irrigação, atividade industrial, pesca e esporte.
Reitor da UCS, Isidoro Zorzi relembrou que em 1998 eram escolhidas, no mesmo local do evento, as entidades que iriam compor o Comitê Taquari-Antas. “Participo com emoção dessa consulta. Estamos aqui para pensar na frente e, acima de tudo, pensar nos outros, com seus interesses múltiplos, mas que estejam compatibilizados para todos os usos”, destacou.
Para o diretor da Metroplan, Ricardo Cesar, a sociedade é a grande promotora do processo de construção do Plano da Bacia Taquari-Antas. “A partir das etapas concluídas, pode-se ver a construção de uma política pública de gestão dos recursos hídricos assentada na base, com a participação da população, dos usuários da água, que são aqueles que pagam a conta e que também causam os problemas, caso existam”. 
O espaço dedicado à manifestação da plateia foi aproveitado por cinco pessoas. Entre elas a representante da Associação Ecológica Vida e Meio Ambiente (Vime) de Guaporé, Ana Maria Postal. Num discurso veemente, ela enfatizou a importância da água e da preservação ambiental em trechos dos rios Tainhas e Guaporé. “Estamos aqui solicitando que o Comitê e a população vote para que cumpra-se o que reza a lei. Que parte do rio Guaporé seja preservada”, declarou. 
Pela União das Associações de Bairros de Caxias do Sul falou Antônio Pacheco de Oliveira. “Que haja uma profunda fiscalização para que sejam encarados com seriedade os resultados das consultas públicas, que expressam os desejos da comunidade”, salientou.
O evento foi acompanhado também pelo diretor do Departamento de Recursos Hídricos (DRH) do Governo do Estado, Marco Mendonça. Na plateia estavam estudantes, produtores rurais, profissionais liberais, dirigentes e população em geral de diversas áreas. 
Com os apontamentos da população serão identificados os usos desejados em cada trecho da Bacia e afluentes. A partir disso, serão definidas as classes de qualidade necessárias e as intervenções para que isso ocorra. Todo esse processo faz parte do Plano da Bacia Taquari-Antas. O balanço final das cinco consultas públicas será apresentado no segundo semestre deste ano, após uma nova rodada das atividades que será realizada em cada um dos cinco municípios sedes das consultas: Lajeado, Guaporé, Bento Gonçalves, Vacaria e Caxias do Sul.

Crédito: Camila Pires


Água, da escassez à abundância - Debates na UCS



Água, da escassez à abundância. Documentários, mesas-redondas e debates na Cidade Universitária abordam a temática da água sobre a ótica etnográfica.

"Água, da escassez à abundância" é o nome do evento que reunirá mostra de documentários etnográficos, mesas-redondas e debates, no UCS Cinema, nos dias 13 e 14 de abril e 27 e 28 de abril. A abertura oficial ocorrerá no dia 13, às 18h30min.

A atividade é uma parceria entre a UFRGS, Instituto Anthropos, UCS e Feevale. Os filmes apresentam a temática da água, através de uma visão etnográfica, com produção de antropólogos gaúchos e franceses. Para a coordenadora do evento na Universidade, professora do Mestrado em Turismo e do Centro de Ciências Humanas, Liliane Guterres, "tratar da água sob uma ótica etnográfica é algo inovador. Estaremos discutindo essa proposta através de debates interdisciplinares".

Além da professora Liliane, entre os debatedores do evento, estarão presentes as professoras Rosane Lanzer, do Centro de Ciências Agrárias e Biológicas, e Maria Carolina Gullo, do Centro de Ciências Econômicas, Contábeis e de Comércio Internacional. O evento é aberto à comunidade e tem entrada franca.

PROGRAMAÇÃO 
Dia 13 - sexta-feira - das 19h às 22h 
"A questão da água e as formas de vida nas grandes cidades" - Série para televisão: AcquaMídia 
Sinopse: Programa de televisão que sublinha a problemática da relação Natureza/Cultura - Homem/Ambiente, construído a partir de uma abordagem plural sobre os temas da poluição e escassez dos recursos hídricos na cidade de Porto Alegre. A proposta do programa é buscar uma estética que valorize o cotidiano, desvendado no dia-a-dia dos habitantes de uma grande cidade a dimensão dos fenômenos socioambientais relacionados ao recurso Água. 
Programa I - Água poluída é... ; 
Programa II – "Pra cair peixe na rede ..."; 
Programa III – "Pra limpar sem sujar..."; 
Programa IV - "Preservação é ..." 
Apoio: ABES – SRH/MMA – SEMAE São Leopoldo – TVE/RS 
Mesa-Redonda: A maternidade das águas e a sua partilha - Paulo Renato Paim (METROPLAN); André Laborde (IFR); Coordenação: Cornelia Eckert (UFRGS)

Dia 14 - sábado – Das 9h às 12h30min 
 "Conflitos de usos de águas urbanas e comunidades éticas." - DVD interativo – A questão ambiental sob a ótica dos grupos urbanos nas ilhas do Parque Estadual Delta Jacuí 
Sinopse: O DVD apresenta o capítulo 2 da tese de doutorado de Rafael Devos. Através de menus e sub-menus, navega-se por crônicas em vídeo, animações de fotografias e imagens de satélite que apresentam as diferentes dimensões da ética e da memória ambiental que envolve o conflito ambiental investigado pela tese: a micro-ética a partir da experiência urbana de moradores das ilhas, a meso-ética da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba e da Região Metropolitana de Porto Alegre, e a macro esfera ética do ambiente planetário.

As narrativas apresentam as muitas paisagens sobrepostas na memória ambiental da cidade, tensionada pelo conflito de ocupação e uso das ilhas de Porto Alegre. Conteúdo: 53 sequências em vídeo, entre crônicas em vídeo, animações de fotografias e de imagens de satélite. Ano: 2007. Direção: Rafael Devos (UFRGS). Produção: Banco de Imagens e Efeitos Visuais (BIEV) - PPGAS – UFRGS. 
Apresentação: Rafael Devos (UFSC) - Coordenação: Ana Luiza Carvalho da Rocha (FEEVALE-UFRGS)

 10h30min - "Memória ambiental e os conflitos de usos das águas" - DVD interativo – Habitantes do arroio, estudo de conflito de usos de águas urbanas, risco e saúde pública 
Sinopse: O DVD Habitantes do arroio apresenta coleções de vídeos de curta duração produzidos em 2009 e 2010, reunindo dados etnográficos, documentos de acervo e entrevistas realizadas pelos pesquisadores durante seus deslocamentos pela bacia do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre - RS. O DVD com 1h40 min de duração, pode ser assistido como um documentário linear ou como um DVD interativo. Nesta última modalidade, novas direções na narrativa são provocadas pelas conexões entre universos urbanos diferentes reunidos pelas águas - águas da memória, águas pluviais, águas domésticas, águas lúdicas e prazerosas, águas perigosas, águas que limitam e atravessam territórios entre o público e o privado na cidade.

"A gestão de águas urbanas". Ano: 2010. 
Direção: Ana Luiza Carvalho da Rocha/Rafael Devos. Produção: Banco de Imagens e Efeitos Visuais (BIEV) - PPGAS – UFRGS. 
Apresentação: Paula Marcante Soares (Instituto Anthropos-UFRGS) - Coordenação: Rafael Devos (UFSC)

Dia 27 - sexta-feira - Das 19h às 22h 
"A água como fonte de alimento." - Documentário Houla-Ko et le Fils du Soleil et du Vent 
Sinopse: Entre os produtores de sal, na orla de uma laguna, em Bénin, na Africa, as mulheres fabricam o sal na sua forma tradicional, ou seja, através do processo de evaporação das águas salgadas aquecidas através da queima de troncos das árvores locais. Os produtores de sal de Guérande, cidade marítima situada a oeste da França, vêm ao auxilio desta população que sofre com o desmatamento na tentativa de transplantar suas técnicas de formação de salinas a partir da ação do sol e do vento. Um exemplo de colaboração de saberes e fazeres que foi um grande sucesso. Ano: 1991. Direção: Jean Arlaud e Geneviève Delbos (Université Paris 7 - Denis Diderot) Realização: Compagnon du Regard. 
Mesa-Redonda: Rosane Maria Lanzer (UCS) - Coordenação: Liliane Guterres (UCS)

Dia 28 - sábado – 9h às 12h 
"A experiência da escassez da água" - Documentário L’argent de l’eau 
Sinopse: O documentário acompanha o processo de instalação de uma rede de água potável em comunidades do Mali através da observação filmada das gestão e negociação dos responsáveis pela implantação do projeto e os atores locais. A obra se propõe a uma reflexão em torno das lógicas concretas e das incertezas que sustentam um projeto de desenvolvimento conduzido por agências estrangeiras na Africa. 
Direção: Christian Lallier (École des Hautes Études de Sciences Sociales/EHESS). 
Realização: Objectif Images e Agencia Francesa para o Desenvolvimento (AFD). 
Mesa-redonda: Maria Carolina Rosa Gullo (UCS) e Paulo Renato Paim (METROPLAN) - Coordenação: Olavo Ramalho Marques (IFRS).

Estrela-RS - Descobrindo mais sobre os Cascalhos do Rio Taquari











Descobrindo mais sobre os Cascalhos do Rio Taquari

Os “cascalhos do Rio Taquari” estão ligados a história de diversos municípios do Vale, especialmente de Estrela-RS, que teima em não esquecer sua linda Praia, que ficou submersa a partir do fechamento das comportas da Barragem de Bom Retiro de Sul.
Os moradores mais antigos do município lembram com saudades dos concursos de beleza, “Rainha das Praias do Taquari”, promoção da antiga Rádio Alto Taquari, que reuniam milhares de pessoas de diversos municípios, na Praia de Cascalhos de Estrela.
A questão histórica, cultural e também da utilização predatória dos cascalhos preocupam os voluntários da Aepan-ONG, que estão procurando entender melhor porque que as famosas pedras tanto intrigam a população, e o que podem revelar a partir de sua constituição e tempo de sua existência.
Foi efetivada uma coleta de cascalhos, de diversas cores e constituição, pelos membros da Ong, Monir Saldanha e Igor Roberto Biberg, os quais estão sendo encaminhados a estudantes da Ufrgs – Universidade Federal do RS, que irão auxiliar os membros da Aepan na busca de respostas.
A partir daí, é intenção da Aepan-ONG, divulgar os resultados obtidos no sentido de auxiliar no processo de conscientização para preservação dos cascalhos, que representam um verdadeiro elo homem-natureza.

Texto e fotos: Airton Engster dos Santos

Convocação 03/2012, para a reunião do Comitê Taquari-Antas




Circular Externa nº 03/2012                      Lajeado, 11 de abril de 2012

Prezado(a) Senhor(a)

Ao cumprimentá-lo(a), convocamos os representantes das entidades titulares e das entidades suplentes, para participarem da Reunião Ordinária do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, que se realizará no dia 27 de abril, com recepção às 9 horas e início das atividades às 9h 30min, no Auditório do Prédio 03, na Univates em Lajeado.

Na oportunidade serão tratados os seguintes assuntos:
• Leitura e aprovação da ata 02/2012;
• Plano da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas:
o Avaliação do processo do Plano de Bacia;
o Cronograma do Plano de Bacia;
o Discussão acerca da vazão de referência e prazo de enquadramento;
• Assuntos Gerais
o Sistema de Recursos Hídricos do Estado do RS;
o Região Hidrográfica do Guaíba;
o Correspondências recebidas: ABEPAN e Emater/Municípios;

No turno da tarde serão construídos os mapas de usos múltiplos das águas, pelas categorias. Será reservado uma sala do 2° andar do prédio 03, na Univates, para cada categoria se reunir. Poderão estar os membros do Comitês e representados, ou seja, os usuários e representantes da população de cada uma das categorias. Este será o momento único em cada categoria poderá expressar os seus usos na bacia, compatibilizando com os demais usos, devidamente justificados. 

A reunião tem previsão de início às 9h30min e término às 12h e a dinâmica de construção dos mapas, das 14h às 17h.

Aguardando sua indispensável participação, subscrevemos, 

Atenciosamente
                          
                     
          Daniel Schmitz                                             
            Presidente                                                    

Equipe realizou expedição de estudos no Rio Taquari




Durante o sábado de aleluia, 7 de abril de 2012, uma equipe, composta pelo ambientalista Airton Engster dos Santos, da Aepan-ONG, Moisés de Azeredo, piloto e proprietário da Lancha Gaudério, além dos estudantes Cristhofer Pereira da Silva e Gustavo Zart, realizaram uma expedição de estudos e produção de imagens do Rio Taquari, desde a foz do Arroio Estrela, passando pela Escadaria Adão e Eva, Belverdere, antigo Porto de Estrela e Praia de Cascalho, Parque da Lagoa até o antigo Passo da Barca em Arroio do Ouro. 



Um “Sonar” foi utilizado para medir a temperatura da água, profundidade do Rio nos diversos pontos e também a população de peixes existentes na área pesquisada. 

A mata ciliar e barrancas do Rio Taquari também foram avaliadas, com destaque para o assoreamento em determinados locais. 

A temperatura da água se encontrava com 23 °C, enquanto a transparência ficou em torno de 80 cm. 

O ponto mais fundo encontrado foi próximo da Escadaria Adão e Eva, em Estrela-RS, num poço com 26 metros de profundidade, bem próximo a fábrica de Sabão Costa. 

Com relação a população de peixes, na Foz do Arroio Estrela é praticamente inexistente a presença dos mesmos. Já no Rio Taquari, na medida em que aumenta a profundidade, a população de peixes é magnífica. 

Todo equipamento utilizado estava registrado na forma da Lei. Lancha com inscrição na Marinha do Brasil com piloto habilitado. 

Texto: Anderson Pereira da Silva 
Fotos: Aepan-ONG















Rio Taquari – 2012 – Mês de Março - Condições Ambientais Aceitáveis


Rio Taquari – 2012 – Mês de Março        
Condições Ambientais Aceitáveis
Monitoramento Aepan-ONG       

Informações Gerais

Data         
25 de março de 2012
Local
Parque da Lagoa em Estrela-RS
Hora
16 hs 30 min
Condições Climáticas
Tempo bom
Umidade Relativa do Ar
78 %
Temperatura Ambiente
25 °C
Vento
Brisa Leve
Nuvens
Parcialmente Nublado
Chuva EM Estrela-RS
mm março de 2012                    
Mata Ciliar

Lixo
Algumas garrafas pett
Pássaros
Bem-Te-Vi
Borboletas
Não
Libélulas
Não
Condições da Mata Ciliar
Em recuperação
Tipos de Vegetação
Amoreiras
Temperatura do Solo
22 °C
Condições Ambientais da Água

Transparência
80 Cm
Matéria Orgânica
2,8 mg/L
Temperatura
27,5 °C
pH
7,0
Oxigênio Dissolvido na Água
7,1 mg/L
Cheiro/Odor
Característico
Cor
Esverdeada
Aspecto
Opaca
Presença de Óleo
Não
Presença de Espuma
Não
Lixo Flutuante
Não
Presença de Peixes
Não
Presença de Conchas
Algumas na margem do Rio
Presença de Larvas ou Vermes
Não

Fonte – Aepan-ONG – Associação Estrelense de Proteção ao Ambiente Natural. Fundação em Abril de 1992.

Responsáveis:
Airton Engster dos Santos
Jorge Scherer