Fórum Gaúcho dos Comitês de Bacias Hidrográficas quer maior participação popular no uso e preservação dos mananciais

Rio Taquari - Estrela-RS
Fórum Gaúcho dos Comitês de Bacias Hidrográficas quer maior participação popular no uso e preservação dos mananciais

O Informativo do Vale - Publicado em 23/01/2012

Vale do Taquari - Preocupados com o uso e o futuro dos mananciais hídricos do Rio Grande do Sul, os 25 comitês regionais que compõem o Fórum Gaúcho dos Comitês de Bacias Hidrográficas formatou, na semana passada, um documento chamado “Carta à Sociedade do Rio Grande do Sul”. No escrito é saliente o pedido a participação popular na gestão e utilização das águas. Conforme a resolução do encontro, o Estado precisa colocar em prática as políticas previstas no sistema de gerenciamento da água e parar de “remediar” quando a seca expõe as feridas do Rio falido por conta do uso, ou quando o mesmo transborda por não comportar o volume das chuvas. Na região situação ainda é confortável, mas depende do monitoramento constante.

Ora seca, ora enchente e o estado não consegue contornar a situação. “O governo tem o dever de implementar o que diz o sistema de gestão para o consumo e preservação da água no Rio Grande do Sul”, afirma o coordenador do grupo, Daniel Schmitz. Segundo ele, a existência dos comitês, que têm participação direta nas decisões do uso da água, às vezes não é observada. “É impossível que o governo não cumpra essa diretriz e não tenha meios de investir em tecnologia para estancar a ação de remediar os problemas relacionados à água no Rio Grande do Sul”, lamenta Schmitz.

Ele cita como exemplo as bacias do Rio dos Sinos e do Rio Gravataí, que sofrem com a ação humana, a poluição e o crescimento populacional. “O governo assiste a isso e não consegue solucionar. São situações geradas a partir da falta de controle do uso da água”, completa. A essa situação se somam as regiões que por conta da escassez, não têm mais água para o abastecimento da população.

Enquanto em algumas regiões como o Vale do Taquari a situação é confortável, no que diz respeito ao abastecimento, qualidade e capacidade do manancial hídrico. “Mas isso garante que no futuro, caso não haja um bom processo de gestão, o Vale está imune dos efeitos negativos da ação do homem sobre a natureza”, completa.

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