Animais ameaçados de Extinção no Brasil



A lista inclui os animais brasileiros mais ameaçados de extinção, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). 

Alouatta belzebul belzebul. Nome popular: guariba-da-mão-ruiva. Encontrado no leste do rio Tocantins até a borda da floresta amazônica. Invade a borda oeste do rio Tocantins e leste do Amapá, ilhas de Marajó, Caviana, Mexiana e Gurupá. Outra população encontra-se no litoral da Paraíba, acima do rio São Francisco. 

O guariba-da-mão-ruiva é um tipo de macaco. Tem a cauda pelada, que ajuda na hora de se locomover e de se alimentar. 

Anodorhynchus leari. Nome popular: arara-azul-de-lear. Natural do Raso da Catarina, distante lugarejo do sertão baiano onde vivem cerca de cinqüenta araras-de-lear. 
Muito rara, a espécie durante muitos anos não era encontrada na natureza. Em 1978 foi localizada no Raso da Catarina, nordeste da Bahia. É a única arara da região. Vive geralmente em pedras íngremes de cânions. Sua alimentação predileta é o coco do licuri. 

Cyanopsitta spixii. Nome popular: ararinha-azul. Encontrada em localidades restritas e separadas dos estados do Maranhão, Piauí e Bahia. 
Com cerca de 57cm, a ararinha-azul é uma das espécies de aves mais visadas. Come coquinho de buriti, frutas, e põe apenas dois ovos, que incuba por trinta dias. 

Felis colocolo. Nome popular: gato-palheiro. Ocorre no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, em Tocantins, Goiás e Minas Gerais. 
O gato-palheiro é muito semelhante ao gato doméstico. Possui cabeça larga e orelhas mais pontiagudas que outros gatos sul-americanos. Seu pêlo é longo, a textura e as cores variam bastante, podendo ser escuras com pintas vermelho-acinzentadas ou cinza prateado claro. Vive em média quinze anos. Embora pouco se conheça sobre os hábitos de caça e reprodução do gato-palheiro, sabe-se que caça com mais freqüência à noite e alimenta-se de pequenos mamíferos, roedores e pássaros. Algumas vezes chega a abater aves domésticas. Mede de 56cm a 70cm, fora a cauda, que chega a 30cm. 

Leontopithecus caissara. Nome popular: mico-leão-da-cara-preta. Encontrado na ilha de Superagüi, baía de Paranaguá, no litoral norte do estado do Paraná. 
O pequeno primata é pouco maior do que um sagüi e se alimenta de pequenos frutos e insetos encontrados na floresta. Ele se abriga nos extratos médio e superior das árvores, gosta de dormir nos ocos das mesmas e se comunica com os outros por meio de sons muito agudos, ouvidos a distância. O mico-leão-da-cara-preta é territorialista, costuma viver em grupos de aproximadamente dez indivíduos e é muito sensível à mudança de ambiente. Os pesquisadores acreditam que a população de micos-leões-da-cara-preta esteja em torno de trezentos indivíduos, quantidade considerada muito pequena e que representa uma ameaça à sobrevivência da espécie. 

Leontopithecus chrysopygus. Nome popular: mico-leão-preto. Vive no sul do estado de São Paulo, ao norte do rio Paranapanema, a leste do rio Paraná, ao sul do rio Tietê e a oeste da serra de Paranapiacaba. Atualmente sua distribuição é restrita à reserva de Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio, e à Reserva Biológica dos Caitetus, em Gália. 
Até quarenta anos atrás, todo o pontal do Paranapanema, que fica no sudoeste do estado de São Paulo, era coberto por florestas e protegido por lei. Atualmente, a única mancha verde que sobrou num raio de mais de 300.000ha é o Parque Estadual do Morro do Diabo, onde vivem quase todos os micos-leões-pretos que existem no mundo. Considerados extintos por mais de cinqüenta anos, os micos-leões-pretos foram redescobertos em 1971. Nos 34.000ha do parque, cerca de oitocentos micos convivem com sagüis, bugios e macacos-pregos. 

Mitu mitu mitu. Nome popular: mutum-cavalo, mutum-etê, mutum-da-várzea, mutum-piry, mutum-do-nordeste. Procedente de Pernambuco e recentemente registrado em Alagoas. 
Essa ave vive em pequenos grupos mas, na época reprodutiva, cada macho conquista sua fêmea defendendo ferozmente seu território. O mutum-cavalo tem uma carne com excelente paladar, comparável à do peru doméstico. A espécie está ameaçada tanto pela caça ilegal quanto pela destruição de seu habitat. 

Pontoporia blainvillei. Nome popular: toninha, boto-cachimbo. Ocorre do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul. 
Golfinho bem pequeno, o boto-cachimbo não cresce mais do que 2m. É cinza tendendo para o marrom, com bico muito longo. Seus dentes são muito afiados, auxiliando na pesca. O comportamento desta espécie ainda está sendo estudado e pouco se sabe sobre ela. 

Priodontes maximus. Nome popular: tatu-canastra, tatuaçu. Ocorre no Maranhão, Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Amapá, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia e Paraná. 
O tatu-canastra é também chamado de tatuaçu, pesa 60kg e pode medir 1m de comprimento, mais 50cm de cauda. Seu corpo, quase totalmente desprovido de pêlos, apresenta alguns fios duros, esparsos, que aparecem entre as placas do seu revestimento. As patas enormes são armadas de unhas possantes, sobretudo as anteriores, cuja unha central mede 20cm de comprimento. Animal de hábitos noturnos, é mais encontrado na vizinhança de riachos e lagoas, tendo a fêmea de um a dois filhotes por parição. Por causa de sua carne saborosa e armadura resistente, hoje é raríssimo no Brasil. 

Trichechus manatus. Nome popular: peixe-boi-marinho, manati. Encontrado no Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, na Paraíba e em Pernambuco. 
O peixe-boi é um mamífero aquático que existe há cerca de sessenta milhões de anos. Era abundante no litoral brasileiro, do Espírito Santo ao Amapá. Hoje, sua ocorrência se restringe ao Norte e ao Nordeste, em pequenos grupos, somando algumas poucas centenas de indivíduos. Pesa até cerca de 700kg, mede 4,5 metros, tem hábitos solitários, raramente é visto em grupo fora da época do acasalamento. O corpo é robusto e pesado e a cauda é achatada, larga e disposta de forma horizontal. Alimenta-se de algas, aguapés, mangue, capins aquáticos entre outras plantas. 

Fonte: Barsa Planeta Internacional

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