Recursos hídricos: Definidos projetos da Bacia Taquari-Antas

Recursos hídricos: Definidos projetos da Bacia Taquari-Antas

Seleção aconteceu na assembleia do Comitê, na sexta-feira, em Caxias do Sul Os três primeiros projetos que serão contemplados pelo Plano Piloto da Região Hidrográfica do Guaíba foram conhecidos na sexta-feira, em assembleia do Comitê Taquari-Antas.
Dois deles contemplarão as cidades de Estrela e Cambará do Sul, e, um terceiro, atingirá 40 municípios da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat).

Das 27 ações apresentadas, quatro foram rejeitadas por não terem como foco o abatimento de carga orgânica, e outras quatro por terem um baixo porcentual da área do município, que faz parte da bacia hidrográfica.

Dos selecionados, o de maior abrangência é o que prevê a cobertura de esterqueiras nas propriedades onde são criados suínos no Vale do Taquari, no valor de R$ 3,250 milhões.
Para Estrela, foi aprovada a destinação de R$ 800 mil para a implantação de estações compactas de tratamento de esgoto.

Para o presidente da Associação dos Secretários de Agricultura dos Municípios do Vale do Taquari (Asamvat), João Bogorni, a cobertura das esterqueiras vai melhorar as condições dos produtores rurais.

“É um projeto abrangente, para muitos municípios. Os dejetos de suínos são mantidos em locais isolados, mas estão a céu aberto.

Com as chuvas, isso transborda e gera custo para o produtor, que tem que fazer a limpeza do local”, fala Bogorne. Origem dos recursos Com os projetos definidos pelo Comitê Taquari-Antas, e com base nos custos para sua execução, serão feitas simulações para a cobrança pelo uso da água. Não há, ainda, um valor preestabelecido.

Todos os consumidores, os que utilizam a água ou a poluem, estão sujeitos à cobrança.
Entre eles, as companhias de abastecimento ou os municípios, indústrias, produtores rurais e consumidores em geral, geradoras de energia, mineração, navegação.
Conforme a secretária executiva do Comitê Taquari-Antas, Cíntia Agostini, são esses os órgãos que vão fixar os valores.

Ela informa que simulação da Agência Nacional das Águas, em 2009, mostra, por exemplo, que um usuário que consome 30 metros cúbicos por mês teria uma taxa de R$ 1 no período.
Nos 120 municípios da bacia, o estudo da agência estimava uma arrecadação de R$ 10 milhões ao ano.